
A oposição na Câmara dos Deputados intensifica esforços para que o requerimento de urgência do projeto de anistia seja votado logo após o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os réus. O resultado do julgamento deve influenciar diretamente os próximos passos da tramitação da proposta no Legislativo.
A estratégia busca acelerar a análise do projeto, permitindo que ele seja discutido diretamente no plenário, sem necessidade de passar por todas as comissões. No entanto, o processo enfrenta resistência dentro do próprio Congresso, em meio à necessidade de equilibrar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
O projeto também tem sido afetado por tensões políticas externas. Manifestações bolsonaristas na Avenida Paulista, que citaram diretamente o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foram vistas como tentativas de pressionar o Parlamento e acabaram gerando reações entre líderes parlamentares.
Apesar das dificuldades, parlamentares favoráveis à anistia mantêm articulações nos bastidores, buscando o momento mais oportuno para avançar com a proposta, considerando tanto o cenário político quanto as negociações institucionais entre os Poderes.
*Juliana Fontinele é estagiária sob supervisão da jornalista Nayrana Meireles -DRT 0002326/PI
Fonte: Brasil247,CNN Brasil