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Lula mantém 46% de aprovação e 51% de desaprovação, mostra pesquisa Quaest

Diferença entre avaliações positiva e negativa continua a menor desde o início do ano

Da Redação

Quarta - 17/09/2025 às 08:26



Foto: Lula - 21 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula - 21 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) pelo g1 aponta que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue estável em setembro. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados aprovam a gestão, enquanto 51% a desaprovam. Outros 3% não souberam ou não responderam.

Os números são praticamente idênticos aos de agosto e confirmam que a distância entre aprovação e desaprovação permanece a menor desde janeiro de 2025, quando houve empate técnico (49% contra 47%). O pior momento da série foi em maio, quando a rejeição superou a aprovação em 17 pontos (57% a 40%).

A sondagem ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro, tem margem de erro de dois pontos percentuais e índice de confiança de 95%.

Apoio regional e por gênero

O Nordeste continua sendo o principal polo de apoio a Lula, com 60% de aprovação. Em seguida aparecem Centro-Oeste/Norte (45%), Sudeste (41%) e Sul (39%). Já a rejeição é maior no Sul (60%), Sudeste (55%) e Centro-Oeste/Norte (52%).

Entre as mulheres, os índices estão empatados: 48% aprovam e 48% desaprovam. Já entre os homens, a desaprovação cresceu para 54%, contra 44% de aprovação.

Idade e escolaridade

A divisão etária mostra cenários equilibrados. Entre pessoas com mais de 60 anos, há empate técnico (53% aprovam e 45% desaprovam). No grupo de 35 a 59 anos, 51% rejeitam e 46% aprovam. Entre jovens de 16 a 34 anos, a diferença negativa diminuiu e hoje está em 10 pontos (53% contra 43%).

No recorte por escolaridade, quem tem ensino fundamental tende a apoiar mais o governo (56% aprovam, 41% desaprovam). Já entre os que têm ensino médio, a rejeição recuou para 55%, e a aprovação ficou em 42%. Entre aqueles com ensino superior, a rejeição se mantém alta (56% contra 41%).

Renda e religião

O apoio também varia conforme a renda familiar. Entre os que ganham até dois salários mínimos, 54% aprovam e 41% desaprovam a gestão. Na faixa de 2 a 5 salários mínimos, há empate técnico (52% contra 46%). Entre famílias com rendimento acima de cinco salários, a rejeição predomina (60% a 37%).

Entre os católicos, a aprovação caiu de 54% em agosto para 51%, configurando empate técnico com a desaprovação (46%). Já entre evangélicos, 61% desaprovam e 35% aprovam, diferença ainda alta, mas a menor registrada em 2025.

Bolsa Família e eleitorado de 2022

A maior aprovação está entre beneficiários do Bolsa Família: 64% avaliam positivamente o governo, frente a 32% que desaprovam. Em julho, esse grupo registrava empate técnico. Já entre não beneficiários, 55% reprovam e 42% aprovam.

A polarização eleitoral também se reflete na pesquisa: 79% dos eleitores de Lula no segundo turno de 2022 aprovam sua gestão. No grupo de eleitores de Jair Bolsonaro, 92% rejeitam o governo, e apenas 7% manifestam aprovação.

Percepção geral e caso Bolsonaro

Na avaliação global, 38% consideram o governo negativo, 31% positivo e 28% regular.

O instituto também mediu a percepção sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado em 2022. Para 49% dos entrevistados, a pena foi exagerada; 35% a julgam adequada e 12% a consideram branda.

Debate sobre anistia

Outro ponto avaliado foi a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Do total, 36% defendem o perdão para todos, inclusive Bolsonaro; 10% apoiam a medida apenas para os participantes; e a maioria dos entrevistados se opõe a qualquer tipo de anistia.

Fonte: Brasil 247

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