Política

POLÍTICAS SOCIAIS

Lula critica mídia por classificar políticas sociais como gastos em lançamento de planos

Presidente defende investimentos em segurança alimentar e prioriza os mais pobres no governo

Da Redação

Quarta - 16/10/2024 às 12:20



Foto: Ricardo Stuckert/PR Presidente Lula e ministra das Mulheres, Cida Gonçalves
Presidente Lula e ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (16), a forma como o mercado e parte da mídia classificam as políticas sociais do governo como “gastos”. Durante a cerimônia de assinatura do Aumento no Prato e do Planapo, iniciativas voltadas para a segurança alimentar e a produção sustentável, Lula enfatizou que tais políticas são, na verdade, investimentos.

“É inacreditável que toda vez que cuidamos de políticas sociais, isso seja tratado como gasto. No setor empresarial, quando um empresário investe em melhorias, é visto como um investimento, mas no caso do governo, qualquer valor destinado à saúde, educação ou apoio a produtores é considerado gasto”, lamentou.

Lula ressaltou que o Brasil lidera esforços globais para combater a fome e a pobreza, destacando a criação da Aliança Global contra a Fome, a Pobreza e a Miséria durante a presidência do G20. Ele alertou para o paradoxo de que, apesar da capacidade produtiva do país, 733 milhões de pessoas ainda passam fome.

“É uma questão de irresponsabilidade dos governantes. O Estado deve priorizar quem realmente precisa. Precisamos fazer escolhas, governar para todos, mas com foco nos mais vulneráveis”, afirmou, reforçando que a população de baixa renda sempre será prioridade em sua administração.

Em meio a essas declarações, o governo federal está analisando uma proposta de corte de gastos que pode afetar políticas de proteção ao trabalhador, buscando reduzir entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões das despesas públicas. Entre as medidas em discussão estão mudanças na multa do FGTS e no seguro-desemprego, que visam estimular a permanência no emprego em um mercado em recuperação.

Os ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet, se reuniram para planejar os próximos passos do programa de revisão de gastos. Tebet expressou otimismo quanto ao avanço do pacote, embora algumas pautas, como a política de ganho real do salário mínimo, não estejam em discussão.

Fonte: Brasil 247

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