Política

Limma comemora resultados do Viva o Semiárido; projeto reduziu a pobreza no Piauí

Pesquisa mostrada em seminário revela que ações do PSV reduziram em 25% a pobreza das famílias envolvidas

Por Luiz Brandão

Quinta - 01/09/2022 às 15:02



Foto: Ascom Deputado Limma
Deputado Limma

O deputado estadual Francisco Limma (PT) esteve no seminário de encerramento do Projeto Viva o Seminário (PVSA), na manhã desta quinta-feita (01.09). O parlamentar foi um dos responsáveis pela implantação do PVSA. Na época ele era secretário de Desenvolvimento Rural do Estado. O projeto reduziu em 25% a pobreza das famílias beneficiadas.

Limma se disse muito satisfeito com os resultados alcançados e que continua trabalhando para que projetos como o Viva Semiárido. "Nós temos sempre de apoiar essas iniciativas, porque elas melhoram a vida das pessoas e ajudam a desenvolver nosso estado", explica o deputado.

O parlamentar lembrou que o Projeto Viva o Semiárido é um exemplo de como o governo federal vai na contramão da história. "Enquanto o Brasil retorna ao mapa da fome da ONU, um projeto desenvolvido no Piauí contribuiu para reduzir em 25% a pobreza de pequenos agricultores beneficiados", disse Limma.

De acordo com pesquisa realizada pela Universidade Federal de Viçosa – Minas Gerais, o PVSA, implantado em 2015 pelo Governo do Piauí, beneficiou 36 mil famílias.

O objetivo do Projeto Viva o Semiárido foi contribuir com a redução da pobreza extrema, através de ações que melhorem a renda das famílias, a produtividade agropecuária, as oportunidades de emprego e o fortalecimento das instituições no meio rural.

Técnicos participam do seminário de encerramento do PVSANo Piauí foram realizadas ações em diversas áreas, através de 210 projetos produtivos, com atenção especial para famílias em situação de vulnerabilidade e marginalizadas, como aquelas localizadas em comunidades quilombolas ou chefiadas por mulheres e por jovens.

O estudo dos pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), verificou que houve um aumento de 10% na quantidade de mercadorias produzidas e vendidas pelos pequenos produtores rurais, com destaque para o mel, a mandioca e, principalmente, o caju, tanto castanha quanto pedúnculo. Assim, 55% das famílias beneficiadas tiveram um aumento de pelo menos 20% na renda total.

Segundo os pesquisadores, com a melhoria da produção, houve um crescimento do consumo dos alimentos produzidos pelas próprias famílias, o que garantiu maior segurança alimentar.

Outras iniciativas do projeto permitiram resultados positivos para os pequenos produtores, como construção de cisternas, técnicas de reaproveitamento de águas, incentivo ao associativismo e uso da energia solar.

A pesquisa destacou que mais famílias passaram a comprar bens domésticos e a adotarem práticas inovadoras levadas pelo Projeto Viva o Semiárido. Outro resultado da pesquisa que chamou a atenção foi o aumento do empoderamento de mulheres e jovens.

"Ao mesmo tempo, o projeto também facilitou o acesso das famílias às políticas públicas. Houve ação efetiva do projeto nos fatores que promovem desenvolvimento: adoção de inovações, fortalecimento das instituições e investimentos em capital humano e social”, explica o pesquisador Marcelo José Braga.

Chicão fala dos resultados do PVSABraga ressalta que algumas metas dos projetos não foram alcançadas, como a taxa de crescimento da produção, da comercialização e a proporção de famílias com aumento da renda. Entretanto, esses resultados ficaram muito próximos do que foi definido inicialmente.

Para o pesquisador, a pandemia da Covid-19 afetou as famílias analisadas de várias maneiras e teve impacto nos resultados do projeto.

A avaliação dos resultados do Projeto Viva o Semiárido foi feita sob a coordenação da Universidade Federal de Viçosa (MG), que é considerada uma das melhores instituições da América Latina. Foram avaliados 409 domicílios, sendo 207 beneficiários e 202 não-beneficiários.

O FIDA, que financia a iniciativa, tem investido em ações de desenvolvimento rural na região Nordeste do Brasil em parceria com os governos federal e estaduais desde a década de 1980. No total, já aplicou cerca de 300 milhões de dólares em projetos, beneficiando mais de 615 mil famílias.

O PROJETO -  O projeto Viva o Semiárido (PVSA) é um esforço do Governo do Estado do Piauí, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), para reduzir a pobreza, aumentar a produção e melhorar o padrão de vida das populações com maior nível de carência social e econômica no meio rural do Semiárido Piauiense, por meio do incremento das atividades produtivas predominantes, da geração de renda e do fortalecimento organizacional das famílias rurais.

O projeto atua em 89 municípios de cinco territórios do Piauí: Vale do Sambito (15 municípios), Vale do Rio Guaribas (39), Vale do Rio Canindé (17), Serra da Capivara (18) e Chapada Vale do Rio Itaim (16), visando contribuir para reduzir a pobreza e a extrema pobreza da população rural da região semiárida do Piauí.

São Executores/Co-executores do Projeto Viva o Semiárido: A Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF/PI), Secretaria de Estado da Educação (SEDUC/PI), Secretaria Estadual da Assistência Social (SASC/PI), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER/PI), Secretaria do Planejamento do Estado do Piauí (SEPLAN/PI) e Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ/PI).

A Secretaria de Agricultura Famíliar, Patricia Vasconcelos, destacou que o PVSA está em fase de encerramento, mas que deixa muitos frutos a serem colhidos. “Fortalecemos muitas cadeias produtivas a exemplo do caju, do mel, da Ovinocaprinocultura, é um avanço muito grande, trazendo muitos benefícios para a população que com certeza seguirá colhendo os frutos do projeto, por que aprenderam a desenvolver de forma sustentável”, enfatizou.

Limma com a secretária Patrícia Vasconcelos

A Governadora Regina Sousa, disse que o PVSA mudou a vida de mais de 36 mil famílias. “São pessoas que hoje estão capacitadas e produzindo. Que deixaram de esperar esmolas e as cestas básicas que acabam em uma semana. Eles agora produzem o próprio alimento e vendem também, ajudando a levar uma alimentação saudável à mesa dos piauienses. Acredito que a agricultura familiar é a saída”, disse.

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