O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de uma delegacia voltada ao combate aos crimes contra o sistema financeiro no mesmo dia da Operação Spare, uma ação que identificou criminosos que lavavam dinheiro por meio de 267 postos de combustíveis, rede de motéis e também por uma fintech, usada para movimentar os valores ilícitos que superam R$ 7 bilhões e mais de R$ 500 milhões em débitos inscritos em dívida ativa com o Estado. O trabalho foi feito em conjunto pela Polícia Militar, Ministério Público e Secretaria da Fazenda de São Paulo.
O ministro Haddad comentou sobre as atividades que, em um primeiro momento, parecem lícitas, mas que são usadas para lavagem de dinheiro. “Então, por trás daquela atividade aparentemente regular, tem uma atividade ilícita. E isso complica muito a vida da economia brasileira, porque são setores que têm concorrência, na verdade afeta a concorrência, afeta a vida do consumidor, afeta a vida do fisco, afeta os programas sociais, afeta o Orçamento Federal, tem implicações enormes".
A nova unidade voltada para a investigação do crime organizado vai funcionar dentro do organograma da Receita Federal, e o ministro Fernando Haddad disse que deve enviar a proposta para o Ministério de Gestão e Inovação nas próximas semanas. Haddad destacou a atuação da Receita Federal e a ideia da nova estrutura.
"Já é a quarta operação que a Receita faz no âmbito dessa grande estruturação desse departamento. Aliás, nós temos uma decisão de transformar numa delegacia da Receita Federal, que vai ter, portanto, um pessoal dedicado ao aprofundamento de investigações dessa natureza. Uma delegacia aqui, no âmbito da Receita Federal”.
Os alvos da Operação Spare, deflagrada nesta quinta-feira, têm ligação com o grupo criminoso investigado na Operação Carbono Oculto, realizada em agosto, que desarticulou esquema em postos de combustível com a participação de membros do PCC, o Primeiro Comando da Capital.
Fonte: Agência Brasil
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