Política

Deputado Francisco Limma participa da Marcha das Margaridas

Líder do Governo na Assembleia Legislativa, Francisco Limma estava acompanhado do deputado federal Assis Carvalho

Redação

Quarta - 14/08/2019 às 19:29



Foto: Ascom Marcha das Margaridas
Marcha das Margaridas

A maior marcha de mulheres da América Latina e uma das maiores concentrações de mulheres do mundo, a  Marcha das Margaridas parou Brasília nesta quarta-feira (14). O deputado estadual Francisco Limma (PT) mergulhou no “mar de mulheres”, junto com uma comitiva de mais de mil mulheres, trabalhadores rurais e quebradeiras de coco babaçu, quilombolas, que chegaram em 24 ônibus de todas as regiões do Piauí.

“É um grande evento, organizado pela CONTAG, MIQCB, MPA, organizações quilombolas e Indígenas, e vários outros movimentos de mulheres, que reuniu mais de 100 mil mulheres, camponesas,  indígenas e quilombolas, quebradeiras de coco babaçu... vindas de todos os estados do Brasil, defendendo seus direitos, contra a violência e pela democracia”, afirmou Limma.

Líder do Governo na Assembleia Legislativa, Francisco Limma estava acompanhado do deputado federal Assis Carvalho e da deputada Elisângela Moura (PCdoB), que chegaram ontem para a 6ª edição da Marcha das Margaridas, que este ano tem como temas a agroecologia e o enfrentamento da violência contra a mulher no campo.  

A marcha saiu do Pavilhão de Exposições, no Parque da Cidade, onde houve a concentração das mulheres, seguiu a pé pelo Eixo Monumental até o Congresso Nacional.

Quem foi Margarida

Margarida Maria Alves, 50 anos, foi executada por pistoleiros – levou um tiro de espingarda calibre 12 no rosto - na porta de casa, em Alagoa Grande, Paraíba, na noite de 12 de agosto de 1983. Dias antes de morrer na frente do marido e de um filho de 8 anos, Margaria previu o pior: "da luta não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome".
Naquela noite, tombava sem vida a primeira mulher presidente um sindicato de trabalhadores rurais no Brasil, depois de 12 anos à frente de um sindicato rural, que enfrentou e denunciou latifundiários, donos dos engenhos de cana-de-açúcar e fazendeiros.

Foram 72 ações na Justiça do Trabalho contra quem explorava os trabalhadores, cobrando carteira assinada, pagamento de férias, 13º salário e jornada diária de 8 horas para essas pessoas.

Os irmãos Amauri e Amaro José do Rego foram acusados da execução de Margarida. Diante da repercussão nacional e internacional, o crime foi denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

O Ministério Público denunciou também Antônio Carlos Regis, que teria contratado os pistoleiros a mando de fazendeiros da região. Os fazendeiros Aguinaldo Veloso Borges, Zito Buarque, Betâneo Carneiro e Edgar Paes de Araújo foram acusados de serem os mandantes.

Em 1988, Antônio Carlos foi absolvido por falta de provas. Um outro homem foi morto, três anos após o crime, após ter confessado participação no assassinato de Margarida.

Em 1995, o Ministério Público denunciou os fazendeiros Aguinaldo Veloso Borges, Zito Buarque, Betâneo Carneiro e Edgar Paes de Araújo como mandantes. Apenas Zito, que ficou três meses preso, foi levado ao tribunal e absolvido em 2001. Nenhum dos acusados está preso.


Fonte: Ascom

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