Após a repercussão de reportagens sobre uma alegada irregularidade no andamento do inquérito das "fake news" conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pedido para o encerramento da investigação ganhou destaque nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a coluna de Luísa Martins, da CNN Brasil, alguns ministros acreditam que a investigação foi essencial para proteger a democracia e os membros da Corte, mas consideram que os cinco anos de tramitação sem uma conclusão definitiva são excessivos.
Instaurado em 2019 pelo então presidente do STF, Dias Toffoli, o inquérito das fake news foi conduzido por Alexandre de Moraes, nomeado relator do caso. Embora a medida tenha sido polêmica, estava de acordo com o regimento interno do tribunal. Moraes, que na época tinha apenas dois anos no STF, viu sua influência crescer à medida que a investigação se desdobrou em outros casos, incluindo o das milícias digitais.
Recentemente, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que Moraes teria solicitado informações a assessores do TSE sobre alvos da investigação de maneira informal. Moraes defendeu-se dizendo que seguiu os procedimentos regulares, e figuras como Flávio Dino, Luís Roberto Barroso (atual presidente do STF), Gilmar Mendes e Cármen Lúcia (presidente do TSE) manifestaram apoio ao ministro.
Nos bastidores, há uma percepção de que o encerramento do inquérito poderia reduzir o desgaste de Moraes e diminuir as críticas que têm afetado todo o tribunal. A conclusão das investigações poderia atender a interesses bolsonaristas e resultar no fim das apurações, conforme sugerido pela reportagem da Folha de S. Paulo.
Fonte: Brasil 247
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