Foto: Divulgação
O vereador do Rio de Janeiro é deverá ser investigado em nova etapa da operação
A Polícia Federal (PF) apontou nesta segunda-feira (29) o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como um dos alvos da nova etapa da Operação Vigilância Aproximada. A operação revelou durante a última semana um programa de espionagem ilegal, denominado First Mile, realizado contra a oposição política de Bolsonaro durante seu governo.
A nova fase da operação também investiga policiais que atuavam na Agência de Inteligência Brasileira (Abin) durante a antiga gestão. Além disso, a nova etapa é deflagrada após a investigação do deputado federal e ex-diretor geral da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve confirmada a posse de celulares e notebooks pertencentes à agência.
Os investigados pela operação poderão responder por crimes de invasão de privacidade, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas sem a devida autorização judicial.
Até então, a PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão, em que foram adotadas, entre outras medidas, a suspensão imediata das funções públicas de sete policiais federais.
Entenda o caso:
A Operação Vigilância Aproximada, é decorrente de um desdobramento da Operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado para apurar o suposto uso irregular, por servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de celulares.
A suspeita é que os servidores usaram sem autorização judicial o sistema, chamado First Mile, para monitorar ilegalmente adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou Ramagem, então delegado federal, para chefiar a Abin.
Investigações da PF indicam que a estrutura da agência foi usada para monitorar, entre outras autoridades públicas, a promotora responsável pela apuração do caso da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Em nota divulgada pela Abin, foi informado que há dez meses o órgão vem colaborando com o inquérito da PF e do STF sobre irregularidades cometidas no uso de ferramentas de geolocalização, entre 2019 a 2021.
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