Política

SEGUNDO TURNO

Apagão em São Paulo é tema central em 1º debate entre Nunes e Boulos

Canditados à prefeitura de São Paulo enfrentaram-se pela primeira vez na noite de segunda-feira (14)

Da Redação

Terça - 15/10/2024 às 08:40



Foto: Renato Pizzutto/Band Os candidatos a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) participaram do debate na TV Bandeirantes nesta segunda
Os candidatos a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) participaram do debate na TV Bandeirantes nesta segunda

Troca de provocações — com direito a abraço — e os reflexos do apagão na cidade de São Paulo motivaram os principais embates entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos a prefeito da capital paulista, no primeiro debate entre os dois no segundo turno. Já na chegada à TV Bandeirantes, que promoveu o encontro desta segunda-feira (14), os candidatos já disputavam a culpa sobre a falha no serviço de energia na cidade.

Durante o debate, Nunes reforçou sua posição de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que apoia a candidatura de Boulos — não teria agido para resolver os problemas com a Enel, concessionária do serviço de energia na capital. Já Boulos lembrou que a responsabilidade sobre avaliar a atuação da empresa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujo diretor, Sandoval Feitosa, foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo partido apoia a candidatura de Nunes.

Provocações e abraço

No final do primeiro bloco, os candidatos se provocaram. Do lado de Nunes, o candidato à reeleição disse que Boulos não saberia o que é trabalhar, o que gerou manifestação dos presentes no estúdio. Na sequência, foi a vez de os apoiadores do candidato do PSOL se manifestarem quando Boulos perguntou se o atual prefeito teria “autoridade moral” para falar sobre trabalho após três dias de apagão na cidade de São Paulo.

As provocações também entraram no segundo bloco, com Nunes dizendo que as pesquisas fizeram mal ao candidato do PSOL — o atual prefeito aparece na liderança em todos os levantamentos. Para o candidato do MDB, Boulos teria entrado “no modo desespero”, que respondeu, dizendo que a declaração mostraria a “arrogância” do adversário. “Você é arrogante a ponto de não reconhecer os erros no apagão”, comentou o candidato do PSOL, reclamando do “desprezo” com que Nunes o tratou.

Os candidatos, inclusive, chegaram a se abraçar no final do segundo bloco, quando Boulos se aproximou do candidato do MDB, que criticava o oponente. “Você está bem?’, perguntou Nunes. “Eu estou bem. E você?”, respondeu Boulos, enquanto ambos estavam se abraçando. No início do terceiro bloco, o candidato do PSOL disse que iria manter a distância porque a equipe de Nunes havia feito um “escarcéu” no intervalo.

Apagão

A primeira pergunta, feita pela organização do debate, foi a respeito do apagão, que atinge São Paulo desde sexta-feira (11). Boulos foi o primeiro a responder e disse que havia dois culpados pelo problema: “A Enel, que é uma empresa que presta um serviço horroroso — e que eu, como prefeito de São Paulo, a partir de 1º de janeiro, vou trabalhar para tirar ela daqui. E o Ricardo Nunes porque não fez o básico, o elementar, a lição de casa. Poda de árvore na cidade de São Paulo, manejo arbóreo, e olha que a gente teve um apagão há menos de um ano”.

Já Nunes disse que a culpa pelos transtornos causados é da Enel e que o governo federal, responsável pela fiscalização e a concessão, “não fez nada”. “É inaceitável o que essa empresa Enel tem feito com a cidade de São Paulo. É inaceitável que o governo federal, que é que detém a concessão, regulação e fiscalização não tenha feito nada, e isso desde novembro do ano passado”, declarou Nunes. “Infelizmente, não houve nenhuma ação. E a Enel continua aqui atrapalhando a nossa cidade. Nós não podemos permitir a Enel mais em São Paulo”.

Considerações finais

Ao se despedir do público, Nunes disse que o debate deixou “muito claro quem tem experiência” — apontando para si — e “quem não tem”, chamando o adversário de extremista. “Eu sou a favor de uma polícia armada. Por isso que eu coloquei 2.000 guardas metropolitanos a mais e vou colocar mais 2.000 no meu próximo mandato”, prometeu. E disse que sua parceria com Tarcísio era fundamental “para avançar na segurança, avançar na habitação”.

Já Boulos falou que a campanha de Nunes quer que a população tenha medo ao citar extremismo. Ele também disse que quem acha que a saúde está boa, concorda com o prefeito. E quem quer a mudança, deveria apoiar sua candidatura. E que a decisão da população no dia 27 é de continuar do jeito que está ou apoiar uma mudança na cidade.

Fonte: CNN

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