Polícia

Ex-capitão PM que matou a estudante Camila Abreu vai a Juri Popular

As qualificadoras de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual foram mantidas

Quinta, 18/04/2019 às 01:04



Foto: Arquivo pessoal Allisson Wattson da Silva Nascimento
Allisson Wattson da Silva Nascimento

Rechaçando os argumentos  de “cerceamento da defesa”, os desembargadores da 1ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí mantiveram nesta quarta-feira (17), ao julgar o mérito do pedido de reconstituição do crime, bem como as acusações qualificadoras de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual, contra o ex-capitão da Polícia Militar Allisson Wattson da Silva Nascimento, acusado de executar a namorada, a estudante Camilla Abreu. O feminicídio aconeceu em outubro de 2017. Camila foi morta com um tiro de pistola calibre 9.40 na cabeça.

O advogado de Allisson, Pitágoras Veloso, que havia pedido a reconstituição do crime, alegando disparo acidental, mas perdeu. Por 3 votos a 0, os desembargadores rejeitaram o argumento da defesa.

No julgamento dde hoje, por unanimidade, os desembargadores mantiveram as qualificadoras de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual contra o ex-capitão da PM que vai a juri popular. O Tribunal do Júri será presidido pela juíza Maria Zilnar Coutinho, que vai definir a data para o julgamento. A defesa prometeu recorrer a todas as instâncias - Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.

“Não apenas nossa família, mas todas as famílias de vítimas de violência contra a mulher esperam que ele vá a Júri Popular e pague pelo crime que cometeu. Nunca vi tiro acidental pelas costas, a uma distância de 70 cm a 1,50 m, pelo que a perícia constatou. Tem hora que ele diz que é inteligente, tem curso superior, tem horas que diz que é ‘doido’. Esperamos justiça”, disse Jean Carlos Abreu, pai de Camilla, após o julgamento.

Fonte: TJ-PI

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