Polícia

DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO

Diretor do Hospital São Marcos teria desviado R$ 31 milhões da FMS, aponta MPPI

MPPI denunciou Gustavo Antônio Barbosa por peculato após falha em repasses da FMS resultar em recebimento indevido de mais de R$ 31 milhões

Da Redação

Terça - 26/08/2025 às 15:03



Foto: Hospital São Marcos Diretor-geral do Hospital São Marcos, Gustavo Antônio Barbosa de Almeida
Diretor-geral do Hospital São Marcos, Gustavo Antônio Barbosa de Almeida

O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou o diretor-geral do Hospital São Marcos, Gustavo Antônio Barbosa de Almeida, por suposto desvio de mais de R$ 31 milhões em recursos da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina. Os valores seriam referentes a serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a denúncia, a Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida (APCCAA), entidade responsável pela manutenção do hospital e presidida por Gustavo Antônio, recebeu quantias indevidas entre 2016 e 2024, após falhas nos repasses realizados pela FMS. O Ministério Público afirma que, mesmo após a identificação do erro, a devolução do montante foi postergada.

Por atuar em convênio com o poder público, Gustavo Antônio é equiparado a funcionário público, conforme prevê o Código Penal, e foi denunciado pelo crime de peculato, apropriação indevida de recursos públicos ou privados sob responsabilidade funcional.

Segundo a investigação, o desvio ocorreu a partir de contratos de empréstimos consignados vinculados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS). Por erro interno, a FMS não reteve as parcelas correspondentes e repassou ao hospital um valor superior ao devido, totalizando R$ 31.027.521,41. Tentativas de reaver a quantia foram adiadas pela associação.

A denúncia já foi encaminhada à Justiça, que deve analisar o caso. O MP pediu a citação do acusado, a oitiva de vítimas e testemunhas e sua condenação. Até agora, a assessoria do Hospital São Marcos não se manifestou.

Atendimentos oncológicos suspensos

O Hospital São Marcos, referência no tratamento oncológico no Piauí, suspendeu em abril deste ano os atendimentos de mais de mil pacientes com câncer por “absoluta falta de medicamentos”. Diante da crise, o Ministério da Saúde anunciou um repasse emergencial de R$ 7,35 milhões, a ser pago em três parcelas mensais de R$ 2,45 milhões, para auxiliar nas negociações com fornecedores.

Fonte: Tv Clube

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: