Polícia

ESTUPRO

Chico Lucas demite policial civil que estuprou adolescente dentro de delegacia em Barras

Adolescente teve medo de denunciar o crime, pois ficou intimidada com a arma de fogo que o policial portava

Dhara Leandro

Terça - 21/01/2025 às 08:22



Foto: Divulgação Secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas
Secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas

O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, assinou a portaria de demissão do policial civil Ivan Machado Veras, acusado de estuprar uma adolescente dentro da Delegacia de Barras. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) dessa segunda-feira (20).

"Diante do conjunto probatório construído sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, restou demonstrada que as condutas praticadas pelo servidor processado incorrem em crime bem como em transgressão (ões) disciplinar (es) prevista (s) na Lei Complementar nº 37/2004 (Estatuto da Polícia Civil) e revelam-se gravíssimas, incompatíveis com a função pública, com a dignidade da função policial, condutas dotadas de imensurável reprovabilidade pois atingiu também a dignidade humana de uma adolescente, inadmissível, porquanto os fatos demonstram uma situação de escândalo por ocasião dos atos praticados terem ocorrido dentro da unidade policial quando a vítima procurou ajuda a um agente de segurança pública", diz a decisão.

Durante a investigação, o policial foi preso preventivamente e teve o seu porte de arma suspenso.

O crime teria acontecido por volta das 20h do dia 9 de junho de 2024. Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente, identificada como B. S. de C., teria ido à Delegacia para buscar a cópia de uma medida protetiva em desfavor de uma tia de nome Ana, por questões familiares. O policial estava sozinho no plantão na unidade policial e conduziu a adolescente, pelo braço, até o alojamento, que fica nos fundos da Delegacia, de acesso privativo de servidores.

A menor de idade disse que sofreu diversos abusos sexuais e alegou que não teve nenhuma reação, pois ficou intimidada com a arma de fogo que o policial portava. A adolescente só denunciou o crime pois passou mal dias depois e ficou com medo de ter engravidado.

O médico do posto de saúde onde ela foi atendida foi quem notificou o Conselho Tutelar.

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