Polícia

INVESTIGAÇÃO

​Adiada audiência de mulher suspeita de envenenar crianças em Parnaíba

Lucélia da Conceição Silva foi solta após uma reviravolta no caso mostrar que as frutas oferecidas às crianças não estavam envenenadas

Da Redação

Quinta - 23/01/2025 às 09:04



Foto: Reprodução/TV Globo Lucélia Maria da Conceição foi presa em flagrante em agosto de 2024
Lucélia Maria da Conceição foi presa em flagrante em agosto de 2024

A audiência de instrução de Lucélia da Conceição Silva, de 53 anos, suspeita de envenenar duas crianças em Parnaíba, foi adiada para o dia 17 de março de 2025. A aposentada conseguiu liberdade provisória após uma reviravolta no caso.

A audiência estava inicialmente marcada para esta quinta-feira (23). O adiamento foi determinado após o Ministério Público solicitar novas diligências no caso, incluindo a análise de provas periciais.

Lucélia, presa em agosto de 2024 sob a suspeita de envenenar os irmãos João Miguel e Ulisses Gabriel com cajus contaminados com chumbinho, teve sua situação alterada quando, em janeiro deste ano, outros membros da mesma família morreram pelo mesmo envenenamento. A partir dos laudos periciais, analisados meses após sua prisão, foi confirmado que as frutas oferecidas por Lucélia não estavam envenenadas, o que resultou em sua liberação.

Segundo o advogado de defesa, Sammai Cavalcante, o pedido do Ministério Público é um procedimento normal e a audiência, quando realizada, deve confirmar a inocência de Lucélia. "Acreditamos que a audiência irá comprovar que dona Lucélia não tem qualquer envolvimento nas mortes", afirmou Cavalcante. No entanto, ele não comentou sobre os detalhes das investigações em curso, uma vez que o caso segue em segredo de justiça.

O desdobramento do caso gerou grande repercussão na cidade. Inicialmente, a principal suspeita era Lucélia, devido a sua proximidade com as vítimas e o fato de ter sido ela quem distribuiu os cajus. No entanto, novas evidências indicaram que o veneno foi provavelmente misturado a outros alimentos consumidos pela família, o que fez com que a polícia reorientasse as investigações e passasse a focar em Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças e principal suspeito do envenenamento.

A investigação agora se concentra nas mortes de nove pessoas da família, ocorridas após ingestão de terbufós (chumbinho), e a polícia aguarda laudos periciais para dar continuidade ao caso. O delegado responsável, Abimael Silva, já ouviu diversos depoimentos e agora aguarda os resultados de exames de sangue e urina de Francisco de Assis, que continua negando envolvimento no crime.

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