Polícia

CRIME

Assassino de Kaylson diz que foi abusado pela vítima e agiu em legítima defesa

O delegado do caso, Danúbio Dias, desmentiu o criminoso e garantiu que não foram encontrados sinais de abuso ou luta corporal que confirmasse a versão do suspeito

Da Redação

Segunda - 27/05/2024 às 14:06



Foto: Reprodução Assassino foi detido no local do crime após não conseguir sair do apartamento
Assassino foi detido no local do crime após não conseguir sair do apartamento

O delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Danúbio Dias, deu detahes de como ocorreu o assassinato de Kaylson Carvalho Neiva, morto com 18 facadas dentro do próprio apartamento no sábado passado (25), no condomínio Francisco das Chagas, zona sul de Teresina. Cauã Alexandre da Silva Lima, o principal suspeito do assassinato, confessou o crime e disse à polícia que agiu em legítima defesa depois de ter sido abusado po Kaylson.

Kaylson e Cauã estavam bebendo em um bar, quando foram para a casa de Kaylson, no início da manhã de sábado. Por alguma razão, que ainda está sob investigação da equipe policial, o suspeito desferiu 18 golpes de faca na vítima.

“Os policiais se dirigiram até o apartamento, o local estava trancado e o autor do crime estava dentro do apartamento. As informações que temos é que a vítima estava com esse rapaz em um bar e retornou para casa por volta das 05h e por volta das 06h aproximadamente um vizinho do apartamento ao lado notou o nervosismo do assassino tentando sair da casa. O vizinho observou que tinha alguma coisa estranha e para impedir que ele saísse do apartamento, o vizinho colocou mais um cadeado”, disse o delegado.

A ajuda do vizinho foi crucial para deter o assassino, que confessou o crime após perceber que não conseguiria sair do apartamento.

Quando o indivíduo percebeu que não tinha como fugir do apartamento, acabou dizendo o que tinha feito com a vítima. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado”, comentou Danúbio Dias.

Na delegacia Cauã relatou que agiu em legítima defesa, depois de ser abusado e ter entrado em luta corporal com Kaylson. No entanto, os exames perciais mostraram que não houve indícios de luta corporal.

“Para o delegado da Central, ele confessou o crime, alegou que adormeceu e acordou sendo abusado pela vítima. O homem disse que travou uma luta corporal, nessa luta ele disse que conseguiu desacordar a vítima e no apartamento ele pegou uma faca que estava na cozinha e desferiu pelo menos 18 facadas na vítima. Não havia sinais nele de defesa, o que sugere que essa versão que houve luta corporal com a vítima não é verdadeira, obviamente vamos aguardar o laudo, mas o perito não observou nele nenhuma lesão”, afirmou.

O caso continua a ser investigado pelo DHPP e Cauã continua preso.

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