Polícia

OPERAÇÃO

Advogado acusado de estelionato e lavagem de dinheiro é preso dentro de motel em Teresina

A esposa do advogado também foi presa na operação Inventário

Da Redação

Quarta - 26/05/2021 às 08:28



Foto: Divulgação Polícia Civil
Polícia Civil

Uma operação policial deflagrada na manhã desta quarta-feira (26), em Teresina, mira em advogados, empresários e servidores públicos acusados de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Um advogado identificado como Elano Lima Mendes e Silva, dono do escritório Lima & Mendes Advocacia, foi preso dentro de um motel em Teresina durante a operação.

A esposa do advogado,  Liana Erika, também foi presa. A mulher estava na casa do casal quando foi surpreendida pela polícia.  Na residência, a polícia encontrou uma pistola Glock G19 calibre .9mm e R$ 30 mil em dinheiro. O escritório Lima & Mendes fica localizado na rua Melvin Jones, bairro Piçarreira, na zona Leste da capital.

A “Operação Inventário”, foi deflagrada pela Polícia Civil do Estado do Piauí, em parceria com a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (DINTE/SSP) e cumpre 11 mandados de prisão, oito mandados busca e apreensão e bloqueio judicial de bens obtidos como proveito do crime. 

Investigações

A investigação iniciou ainda no ano passado quando a Polícia Civil foi notificada de uma possível fraude em um processo de inventário protocolado na comarca de Demerval Lobão. Usando documentos falsos e narrando fatos inexistentes, os advogados ingressaram com ação de inventário fraudulenta, na comarca de Demerval Lobão, para alcançar o patrimônio de um cidadão falecido no estado do Paraná. 

"Após o início da investigação a Polícia Civil identificou que o mesmo grupo estava envolvido em tentativas de fraude de execuções fiscais, homologação de acordos trabalhistas e outras ações judiciais, em outras comarcas, tudo com objetivo de violar o patrimônio de pessoas falecidas, levando o Poder Judiciário a erro. Estima-se que as fraudes até então identificadas tenham rendido aproximadamente R$ 2 milhões à organização criminosa. Novos inquéritos serão instaurados para investigar possíveis novas fraudes praticadas com o mesmo modus operandi", informou a Polícia Civil em nota.

 A ação foi presidida pelos Delegados Matheus Zanatta, Anchieta Nery e Yan Brayner e contou com apoio das polícias civis dos estados de São Paulo, Paraná e Paraíba e com suporte logístico do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas.

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