O príncipe Andrew, irmão mais novo do rei Charles 3º, perdeu todos os seus títulos reais e será obrigado a deixar a mansão onde vive há mais de vinte anos. A decisão histórica foi anunciada pelo Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (30 de outubro) e marca o rompimento definitivo entre a monarquia britânica e o polêmico irmão do rei.
Andrew não poderá mais ser chamado de "príncipe" ou de "Sua Alteza Real" e passará a ser conhecido simplesmente como Andrew Mountbatten Windsor. Ele também perderá os títulos de Duque de York, Conde de Inverness e Barão Killyleagh, além de honrarias importantes como a Ordem da Jarreteira.
A medida radical é vista como uma tentativa da família real de conter os danos causados pela associação de Andrew com o financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e que morreu na prisão em 2019. O caso voltou aos holofotes recentemente com o lançamento do livro póstumo de Virginia Giuffre, que acusava Andrew de agressão sexual quando ela tinha 17 anos, acusações que ele sempre negou.
Além da perda dos títulos, Andrew será removido da Royal Lodge, sua residência de 30 cômodos na propriedade de Windsor. Ele se mudará para uma acomodação mais modesta na propriedade de Sandringham, em Norfolk. O rei Charles fornecerá apoio financeiro privado para o irmão durante a transição.
O comunicado do Palácio de Buckingham foi direto ao afirmar que o rei e a rainha Camilla mantêm seus pensamentos com "as vítimas e sobreviventes de qualquer forma de abuso". Especialistas em assuntos reais descreveram a linguagem do comunicado como excepcionalmente dura, refletindo a gravidade da situação e a pressão pública sobre a monarquia para tomar uma atitude decisiva contra Andrew.
Fonte: BBC News
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