Mesmo com a pandemia ainda em alta, o mercado da construção civil segue fluindo numa maré de tranquilidade em Portugal. Empreiteiro mostra como a qualidade de vida e a estabilização dos preços estão levando muitos brasileiros e europeus a investirem em um novo lar doce lar com sabor lusitano.
Que a pandemia ainda não acabou e nem tem previsão disso acontecer, isso não é segredo para ninguém. No entanto, mesmo em um cenário onde a economia do Brasil (e de vários lugares do mundo) foram fortemente atacadas, nem tudo é razão para se entrar em desespero.
Tanto é que uma das possibilidades que brasileiros estão investindo para melhorar de vida e buscar uma solução para esta crise é fazer o caminho inverso de Cabral e desbravar as terras lusitanas em busca de uma nova moradia. O dono da Construtora Inversil, o empreiteiro português Márcio Inverneiro, mostra como é possível superar este receio de investir em outro país e mostra como o momento benéfico para quem deseja sair do lugar comum e descobrir uma nova forma de viver.
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"Vale a pena justamente pelas incertezas do mercado. Os preços estavam a subir, agora estabilizaram, veja bem, não baixaram, apenas estabilizaram", reforça Márcio. Uma das razões para isso ter acontecido é a chegada de muitos estrangeiros à Portugal: "Não são só os brasileiros que decidiram investir por aqui, mas também europeus de diversas partes. Podemos destacar neste grupo os franceses, já que muitos manifestaram este desejo de sair de seus país e vir para cá", comenta o empreiteiro.
Mesmo com a pandemia, o momento é favorável para quem deseja viver o ar lusitano: "Portugal está em seu apogeu quando fala-se em qualidade de vida a nível mundial. Assim como a cantora Madonna escolheu viver cá, também há muitos americanos já chegando para ficar" Exemplo disso é exatamente quando se lembra o contexto político dos EUA nos últimos dias: "Agora com a queda de Donald Trump, a procura de terrenos ou casas para reconstruir por parte deles está a aumentar", detalha Márcio.
O empreiteiro lembra uma pesquisa divulgada em 2020 pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal (SEF), que mostrou que os imigrantes residem sobretudo no litoral, sendo que 68,6% está registados nos distritos de Lisboa, Faro e Setúbal: "Ou seja, é uma excelente oportunidade para quem deseja desbravar o interior. Há lugares encantadores, com preços acessíveis e que tem uma qualidade de vida que fará a diferença para quem deseja vir. A oportunidade está a ideal para esta chegada", destaca Márcio Inverneiro.
Mesmo em um ano tão difícil, a área de construção civil fechou 2020 com um crescimento de 2,5%, tendo "vindo a demonstrar uma elevada resiliência aos constrangimentos causados pela pandemia da Covid-19", revelaram, em comunicado, as duas principais associações portuguesas deste segmento: a AICCOPN e a AECOPS.
Para Márcio, a expectativa é que muita gente vá desembarcar em Portugal ainda este ano, tanto é que sua empresa já tem agenda cheia até o fim do ano: "Estamos sempre cheios de demandas para cumprir, tanto é que já temos contratos assinados para executar uma série de obras até o fim do ano".
Do outro lado do Atlântico, o empreiteiro português Márcio Inverneiro já vislumbra um 2021 com muito trabalho pela frente, o que anima os imigrantes a fazerem as malas: "Temos contratos assinados até o fim do ano. Então essa situação da pandemia não vai afetar o setor da construção, ao menos para a nossa empresa não há condições de isso acontecer", completa.
Fonte: Jennifer da Silva Suporte MF Press Global