“Não há tempo a perder”, disse o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a jornalistas logo após a cerimônia de posse. A equipe do democrata preparou um pacote de decretos, memorandos e orientações para agências federais com o objetivo de desfazer o que a nova administração considera “mais danoso” entre as políticas do ex-presidente Donald Trump, além de retomar marcas da administração de Barack Obama, de quem Biden foi vice.
São 17 ações nesse pacote, algumas bem chamativas. Biden determinou, por exemplo, que pare qualquer investimento federal na construção de muros na fronteira dos Estados Unidos com o México, e vai mudar as políticas para a imigração regional, uma medida sobre a qual ainda não há detalhes.
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O novo presidente também determinou o uso de máscaras em prédios da administração pública a fim de evitar a disseminação do coronavírus no país onde ele mais se propagou, causando além de 400 mil mortes até agora.
No campo das relações internacionais, Biden determinou a anulação da saída dos EUA do acordo climático de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A guinada diplomática em relação ao isolacionismo de Trump foi comemorada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Gutérres. “Recebo calorosamente a decisão do presidente Joe Biden para que os Estados Unidos reentrem no Acordo de Paris, o mapa global para lidar com a emergência climática”, escreveu ele nas redes sociais. “Com todos os países completamente engajados, nós temos uma chance real de prevenir a catástrofe climática e embarcar na ação climática transformadora”, completou.
Com uma canetada, Biden também reverteu uma ordem de 2017 de Trump, que proibia viagens aos Estados Unidos de uma série de países de maioria muçulmana, como Sudão, Síria, Somália, Iêmen e Irã. A medida também livra os cidadãos venezuelanos da proibição de viajar aos EUA.
Fonte: Metrópoles