
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, permanece desaparecida há mais de 40 horas após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Apesar da divulgação de vídeos que sugerem o resgate da jovem, a família contesta a veracidade das imagens e afirma que Juliana ainda não foi localizada.
De acordo com a irmã da jovem, Mariana Marins, a família recebeu com "muita preocupação e apreensão" as imagens que circulam nas redes sociais e em canais oficiais, indicando que Juliana teria recebido comida, água e agasalho por parte das equipes de resgate. “Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que acompanha o caso do Brasil.
A jovem foi vista pela última vez às 17h30 (horário local) de sábado, segundo a família, quando turistas que estavam no local conseguiram captar imagens aéreas com drone, mostrando Juliana caída em uma das trilhas do vulcão. Desde então, surgiram vídeos que teriam registrado uma suposta aproximação de socorristas até o local onde ela estaria, mas, segundo os parentes, o material não passa de manipulação visual.
“Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele”, disse Mariana. Ela revelou ainda que, inicialmente, acreditando na autenticidade do conteúdo, chegou a repassar os vídeos à imprensa.
A contestação sobre os vídeos se soma à frustração da família com o andamento da operação de busca. Em nota, os familiares cobram ações mais eficazes e urgentes por parte das autoridades, especialmente o envio de um helicóptero, considerado por eles como a única forma viável de resgatar Juliana com vida. “Gostaríamos de uma atualização das reais informações e estamos preocupadas com a corrida contra o tempo para salvar Juliana”, escreveu a família no comunicado.
O órgão responsável pelas buscas na Indonésia, o Basarnas, afirmou em nota oficial que uma equipe de resgate desceu ao local indicado por volta das 19h30 do sábado, mas não encontrou nenhum sinal da jovem. “Ontem à noite, por volta das 19h30, descemos imediatamente ao local para verificar o estado da vítima. No entanto, não havia sinais de ninguém. Descemos a uma profundidade de quase 300 metros e chamamos, mas não houve resposta ou sinal de monitoramento. Também tentamos usar um drone para identificar a localização exata, mas ainda não conseguimos detectar nada. Continuamos no processo de busca”, informou a equipe.
Mesmo com o desaparecimento já ultrapassando 40 horas, o Basarnas destacou que, oficialmente, ainda não é possível confirmar o paradeiro exato de Juliana, uma vez que o contato foi interrompido no sábado e não houve sinal sonoro ou visual desde então.
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Fonte: Brasil 247