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ATAQUE

Explosões de "walkie-talkies" do Hezbollah deixam 20 mortos e 450 feridos

Os aparelhos foram detonados nessa quarta-feira (18), no Líbano

Da Redação

Quinta - 19/09/2024 às 08:30



Foto: Telegram/Reprodução Facha de prédio em Beirute pega fogo após explosões de walkie-talkies
Facha de prédio em Beirute pega fogo após explosões de walkie-talkies

Um dia após a explosão de milhares de pagers do Hezbollah, diversos "walkie-talkies" do grupo extremista também foram detonados nessa quarta-feira (18), em Beirute e no sul do Líbano. De acordo com o Ministério da Saúde libanês, as explosões resultaram na morte de 20 pessoas e deixaram 450 feridos, totalizando 32 mortes relacionadas a esses dispositivos desde terça-feira.

Os "walkie-talkies", criados durante a Segunda Guerra Mundial, são usados para comunicação de voz por meio de ondas de rádio. A agência de notícias Associated Press reportou que vários sistemas de energia solar em residências de Beirute também explodiram, e alguns "walkie-talkies" foram detonados durante funerais das vítimas do ataque aos pagers.

Walkie-talkies destruídos após explosões no Líbano  — Foto: Telegram/Reprodução

Relatos indicam dezenas de pequenas explosões na capital libanesa, e imagens da cidade mostram focos de incêndio e os aparelhos danificados. Este segundo incidente em 24 horas intensificou as tensões na região e atraiu a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o uso de "objetos civis" como armas de guerra, enquanto o governo libanês convocou uma reunião no Conselho de Segurança, marcada para sexta-feira (20).

Líbano, Irã e Hezbollah responsabilizaram Israel, que ainda não havia se pronunciado até a última atualização da reportagem. No entanto, o Ministério da Defesa de Israel declarou que o foco da guerra está mudando para o norte do país, onde o Hezbollah atua, e anunciou o deslocamento de tropas para essa região. O Irã, aliado do Hezbollah, enviou uma carta à ONU acusando Israel de violar a soberania do Líbano e prometeu uma resposta às explosões.

Fonte: g1

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