O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que entregará nesta sexta-feira (9) ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) as atas eleitorais das eleições de 28 de julho, que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o indicam como vencedor. No entanto, o opositor Edmundo Gonzalez, que se autoproclamou presidente, não apresentou as atas em posse da oposição ao TSJ dentro do prazo estabelecido, complicando ainda mais o processo.
O CNE afirmou na segunda-feira (5) que disponibilizou as atas eleitorais à Justiça, e o TSJ aceitou a solicitação de Maduro para que examinasse o resultado anunciado pelo poder eleitoral. A Corte tem um prazo de 15 dias, que pode ser prorrogado, mas a falta das atas que supostamente comprovam a vitória de Gonzalez pode tornar o processo mais complexo.
Maduro se comprometeu a entregar 100% das atas que estão em seu poder. Enquanto isso, Gonzalez exige a publicação das atas eleitorais pelo CNE, que ainda não foram divulgadas e não têm um prazo definido para a publicação. O governo brasileiro, em conjunto com México e Colômbia, pediu a divulgação das atas desagregadas. Por outro lado, o governo dos EUA, através do secretário de Estado Antony Blinken, antecipou-se ao declarar que as atas comprovam a vitória de Gonzalez, mesmo antes da publicação dos documentos desagregados. O Judiciário venezuelano analisará mais de 30.000 mesas de votação.
Analistas alertam que o reconhecimento formal e internacional do novo governo poderá se prolongar devido à falta de transparência tanto da oposição quanto do CNE. Em um recente ato político, Maduro classificou Gonzalez como um "criminoso" e acusou-o de liderar um "golpe de Estado" via redes sociais. Diante da ausência das atas desagregadas e dos dados que supostamente comprovam a vitória da oposição, o governo brasileiro declarou que ainda não é possível reconhecer um vencedor claro nas eleições.
Fonte: Brasil 247
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