
Em um mundo onde a saúde mental ganha cada vez mais atenção, muitos não sabem que problemas como depressão por traição conjugal, luto ou assédio moral no trabalho podem dar direito a benefícios previdenciários e indenizações trabalhistas. No primeiro episódio do podcast "Fale com a minha advogada", as especialistas Amanda Lion e Bruna Teixeira desvendaram esses direitos em uma conversa esclarecedora e necessária com a jornalista Malu Barreto.
Imagine passar por uma traição devastadora, perder alguém querido ou sofrer violência psicológica. Esses choques emocionais podem desencadear depressão grave, síndrome do pânico ou outros transtornos que incapacitam para o trabalho. Nesses casos, a legislação previdenciária prevê auxílio-doença ou até aposentadoria por invalidez.
Mas atenção: não basta estar com o coração partido. O INSS exige comprovação médica consistente. "Muitos chegam dizendo que não conseguem trabalhar depois de um término, mas é preciso mostrar laudos psiquiátricos, histórico de tratamento e exames que comprovem a incapacidade", explica Amanda Lion. O processo exige paciência e documentação, desde agendamento da perícia até possível recurso judicial em caso de negativa.
Enquanto isso, no ambiente corporativo, o assédio moral e o burnout viraram epidemias silenciosas. Funcionários são submetidos a humilhações públicas, cobranças impossíveis e isolamento proposital. "Já atendemos casos de pessoas que desenvolveram crises de ansiedade só de ouvir o toque do WhatsApp do chefe", revela Bruna Teixeira.
A boa notícia é que tudo isso pode ser combatido. Desde rescisão indireta até indenizações por danos morais, as vítimas têm armas jurídicas. O segredo está na documentação: e-mails ofensivos, gravações, testemunhas e, claro, laudos médicos que liguem o adoecimento ao ambiente de trabalho.
Direitos que precisam ser conhecidos
O primeiro episódio do podcast quinzenal "Fale com a minha advogada" joga luz sobre esses temas urgentes. "Muitas pessoas sofrem caladas por não conhecerem seus direitos", lamenta Amanda. A advogada promete trazer, a cada quinze dias, orientações jurídicas em linguagem acessível, porque direito, quando bem explicado, pode ser a melhor terapia.
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