
O Piauí tem 37.856 pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população residente no estado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23), e fazem parte dos resultados do Censo Demográfico 2022.
O município de Murici dos Portelas é o que tem a maior proporção de autismo no estado, com 2,5%, o equivalente a 245 pessoas. Essa proporção de autismo colocou o município na 17ª posição entre todos os municípios do país. Na sequência, entre os maiores indicadores da população diagnosticada com autismo no Piauí, temos o município de Canavieira, com 2,3%; e Morro Cabeça no Tempo, com 2,2%.
Os municípios com as maiores populações do estado apresentaram as seguintes proporções de diagnóstico de autismo em sua população: Teresina, com 1,7%, o equivalente a 14.453 pessoas, e o sétimo maior indicador do estado; Parnaíba, com 1,4%, o que corresponde a 2.231 pessoas, e o 21º maior indicador do estado; e Picos, com 1,3%, o equivalente a 1.053 pessoas, e o 28° maior indicador do estado.
No Brasil, foram registradas cerca de 2,4 milhões de pessoas com autismo, o equivalente a 1,2% do total da população do país. Entre os estados, as maiores proporções de autismo na população foram as registradas no Acre, com 1,6%, no Amapá, com 1,5%, e no Ceará, com 1,4%. As menores proporções ficaram com: Tocantins e Bahia, ambos com 1,0%, e o Amazonas, com 1,1%.
Autismo na população, por sexo
No Piauí, a prevalência de autismo na população foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0.8%), o que equivale a 23.978 homens e 13.878 mulheres com diagnóstico declarado de autismo.
No Brasil, a prevalência também foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%), com cerca de 1,4 milhões de homens e quase 1,0 milhão de mulheres com diagnóstico declarado de autismo.
Autismo na população, por grupo etário
Entre os grupos etários no Piauí, a prevalência de diagnóstico de autismo foi maior entre as crianças: 2,0% no grupo de 0 e 4 anos de idade, 3,0% entre 5 e 9 anos e 2,1% entre 10 e 14 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 16.354 crianças de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,7% e 1,3%.
No Brasil, a prevalência de diagnóstico de autismo nos grupos etários também foi maior entre as crianças: 2,1% no grupo de 0 e 4 anos de idade, 2,6% entre 5 e 9 anos e 1,9% entre 10 e 14 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 868,9 mil crianças de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,8% e 1,0%.
Autismo na população, por cor ou raça
No Piauí, a maior proporção de pessoas diagnosticadas com autismo por cor ou raça foi entre a população que se declarou indígena com 2,3%, o que equivale a um total de 137 pessoas. Na sequência temos a população que se declarou branca, com 1,3%, o que representa 9.898 pessoas; a população parda, com 1,1%, o equivalente a 23.779 pessoas; a população preta, com 1,0%, representando 4.013 pessoas; e a população amarela, com 1,0%, o equivalente a 29 pessoas.
Ao observar as pessoas com diagnóstico de autismo por cor ou raça no Brasil, o maior percentual ficou entre as pessoas que se declararam como branca com 1,3%, o que equivale a 1,1 milhões de pessoas. A menor prevalência está entre as pessoas que se declararam como de cor ou raça indígena, com 0,9%, o que representa 11,4 mil pessoas, este percentual sobe para 1% quando consideradas também as pessoas de outra cor ou raça que se consideram indígenas. Entre as pessoas amarelas, 1,2% possuem diagnóstico de autismo, o que corresponde a 10,3 mil pessoas. Cerca de 221,7 mil pessoas pretas e 1,1 milhões de pessoas pardas possuem TEA, o que condiz a 1,1% de cada uma dessas populações.
Fonte: Com informações do IBGE