Na última sexta-feira (29), o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) entregou o título de propriedade coletiva para a Comunidade Quilombola Baixa da Onça, localizada a 28 km de Queimada Nova, no interior do estado. A comunidade, que preserva tradições ancestrais e vive em harmonia com a natureza, agora tem seus direitos oficialmente reconhecidos.
Com uma área de 1.358,9633 hectares, o território da comunidade foi estudado detalhadamente pelo Interpi para garantir que o processo de titulação coletiva fosse realizado de forma adequada. A entrega do título representa uma conquista histórica para a comunidade, que, por gerações, lutou para ter sua posse reconhecida.
“Eu nunca imaginei que viveria para ver esse dia. Passei minha vida inteira lutando por essa terra, vendo meus pais e avós batalharem sem saber se um dia ela seria realmente nossa. Enfrentamos seca, falta de água e humilhação, mas nunca desistimos. Hoje, com esse título, sinto que todo o sacrifício valeu a pena”, afirmou Miguel, agricultor e um dos moradores mais antigos do quilombo.
A titulação de terras quilombolas é uma das prioridades do Governo do Piauí, que tem se empenhado em promover a inclusão social e o desenvolvimento sustentável. Esse avanço reflete o compromisso do Interpi com as comunidades quilombolas, em parceria com movimentos sociais, garantindo a regularização das terras e atendendo às necessidades dessas populações.
Rhubens Ribeiro, diretor de gabinete do Interpi, celebrou o progresso alcançado. “Nosso objetivo é garantir que todos os territórios quilombolas do Piauí que já solicitaram regularização recebam o título de propriedade. Viva Baixa da Onça, viva os quilombos do Piauí e viva o Piauí!”, comemorou Ribeiro.
O Quilombo Baixa da Onça, localizado a 513 km da capital Teresina, é um exemplo de perseverança e resistência. Ao longo de gerações, seus moradores enfrentaram discriminação e preconceito, mas seguiram firmes na luta pela terra e pela justiça social. Com a titulação, a comunidade dá um grande passo em direção ao reconhecimento e à valorização de sua história e cultura.
Fonte: CCOM PI