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RECUPERAÇÃO

Filhote de onça-parda passa por recuperação e se prepara para retornar à natureza

O animal foi encontrado amarrado e desnutrido

Da Redação

Segunda - 29/09/2025 às 11:37



Foto: CETAS filhote de onça parda
filhote de onça parda

Um filhote de onça-parda (Puma concolor), resgatado em 26 de agosto de 2025 por um morador de Rodeador, zona rural de Nazaré, no Piauí, apresenta sinais de avanço em sua recuperação após tratamento intenso no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).

O animal foi encontrado amarrado a um galho com uma corda no pescoço, apresentando desnutrição e estresse. Ao chegar ao CETAS em estado crítico, tinha dificuldades para se alimentar e se movimentar.

Com aproximadamente cinco meses de idade e pesando cerca de quatro quilos, o a oncinha iniciou um trabalho de reabilitação intensivo, após apresentar desidratação, anemia, presença de ectoparasitas e score corporal “0”, em condição considerada de alto risco.

Durante um mês, o animal recebeu cuidados constantes, incluindo medicamentos, fluidoterapia e uma dieta especial elaborada pela equipe técnica. Como resultado, ganhou peso,alcançando 10,1 quilos,e apresenta comportamento ativo, asselvajado e em plena recuperação.

De acordo com a médica veterinária Rita de Cássia, responsável pelo acompanhamento clínico, o animal passa por um bom processo de reabilitação. “Ela chegou muito debilitada, em estado crítico. Nosso foco foi garantir hidratação, suplementação nutricional e reduzir o estresse. Hoje, vemos uma oncinha mais forte, ganhando peso e mantendo características selvagens, o que é fundamental para o futuro processo de reabilitação”.

O próximo passo será a transferência para um recinto maior, preparando o animal para um futuro processo de soltura na natureza.

A gerente de fauna e proteção animal da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Danielle Melo, ressalta o impacto das ações humanas sobre esses animais e destaca o papel do CETAS no resgate. “A história dessa oncinha mostra como queimadas e maus-tratos podem colocar em risco a vida de animais silvestres. Mas também evidencia o papel do CETAS e da Semarh em garantir acolhimento, tratamento e, sempre que possível, a devolução desses animais à natureza”.

Atualmente, cerca de 70 animais estão em processo de reabilitação no CETAS, alguns em risco de extinção. O centro já realizou a soltura de mais de 100 animais somente em 2025.

Fonte: SEMARH

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