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CONDENAÇÃO

Dona e funcionária de creche em MS são condenadas a mais de 60 anos por tortura infantil

Primeiras denúncias contra Caroline e Mariana surgiram seis meses após a abertura da creche

Da Redação

Quarta - 13/11/2024 às 10:59



Foto: Reprodução/Redes sociais Dona de creche que espancava bebês
Dona de creche que espancava bebês

Duas mulheres foram condenadas a penas que, somadas, ultrapassam 60 anos de prisão, após serem consideradas culpadas por tortura e maus-tratos contra crianças em uma creche irregular em Naviraí, Mato Grosso do Sul. A notícia foi divulgada pelo G1 e relata as sentenças aplicadas à dona do espaço, Caroline Florenciano dos Reis Rech, de 31 anos, e à funcionária Mariana Araújo Correia, de 27 anos.

De acordo com o portal, Caroline, proprietária da creche, foi sentenciada a 42 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado. Mariana, que trabalhava no local, recebeu uma pena de 21 anos, três meses e sete dias, a ser cumprida em regime semiaberto. Além disso, ambas foram condenadas a pagar uma multa de R$ 10 mil por danos morais às famílias das vítimas, como forma de reparação simbólica.

As primeiras denúncias contra Caroline e Mariana surgiram seis meses após a abertura da creche, que funcionava de forma irregular. A investigação revelou que pelo menos 20 bebês e crianças, com idades entre zero e sete anos, foram submetidos a agressões físicas e psicológicas por parte das duas mulheres. Conforme o apurado, Caroline e Mariana agiam de forma especialmente cruel contra as crianças que ainda não falavam, na tentativa de evitar que os maus-tratos fossem revelados pelas vítimas.

No detalhamento da denúncia, foi constatado que as agressões envolviam práticas de tortura psicológica, humilhações e violência física. As crianças sofriam com a rotina de maus-tratos, e a situação perdurou até junho de 2023, quando as duas foram presas em flagrante, após a polícia reunir provas que indicavam a continuidade dos abusos no local. Segundo as investigações, os atos de violência eram frequentes e ocorreram por meses até o momento da prisão das envolvidas.

Diante da gravidade do caso e da repercussão, o espaço está aberto para manifestação das condenadas ou de suas defesas. A sentença representa um passo importante para a justiça e uma tentativa de reparar os danos sofridos pelas vítimas e suas famílias, que agora aguardam que as responsáveis cumpram suas penas.

Fonte: Brasil 247

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