
Em homenagem ao Dia do Piauí, celebrado em 19 de outubro, é impossível deixar de mencionar uma das lendas mais populares do estado: o Cabeça de Cuia. Em Teresina, um dos pontos turísticos mais visitados é o monumento que homenageia essa figura lendária, localizado no Parque Ambiental Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho.
A lenda, que se popularizou no século XIX, foi reconhecida em 2023 como Patrimônio Cultural Imaterial do Piauí, após a aprovação de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O cabeça de cuia, nome dado à figura de Crispim, um jovem que viveu às margens do rio Parnaíba, é parte importante do imaginário local.
Segundo a lenda, Crispim, era um jovem garoto que morava nas margens do rio Parnaíba e de família muito pobre. Um dia, ao chegar para almoçar, o rapaz encontra uma sopa rala, feita com ossos e sobras de refeições anteriores.
Crispim se revolta e inicia uma discussão com a própria mãe, arremessa um osso de boi contra ela, atingindo-a na cabeça e matando-a. Antes de morrer, no entanto, a mãe teria o amaldiçoado a ficar vagando pelos rios Parnaíba e Poti.
O jovem logo vira uma figura monstruosa, com uma enorme cabeça, no formato de uma cuia. Conforme a mãe, a maldição chegaria ao fim somente quando ele devorasse sete Marias virgens.
Após a sentença, Crispim corre ao rio Parnaíba, onde se afoga. Mas, segundo a lenda, seu corpo nunca foi localizado. Com o reconhecimento oficial e o monumento atraindo cada vez mais turistas, a lenda do Cabeça de Cuia continua a viver na memória e no cotidiano dos piauienses.