
O caso das 12 crianças que foram resgatados em um sítio na zona rural Leste de Teresina nessa segunda-feira (31), está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O resgate ocorreu após denúncias de que os menores estariam sofrendo maus-tratos. A suspeita é que eles estavam trabalhando em uma carvoaria.
Segundo informações do gerente de Direitos Humanos da Prefeitura de Teresina, André Santos, as denúncias chegaram à Justiça, que expediu mandado de busca e apreensão das crianças.
Agora, a Polícia Civil investiga se havia violência psicológica e física. Os relatos são de que as crianças estariam fabricando carvão, o que caracteriza exploração de mão de obra infantil.
Ainda segundo o gerente, a denúncia de maus-tratos vem desde o ano de 2017 e envolve uma briga de herança entre a família. Ele afirmou ainda que os 12 menores são filhos de três mulheres que são irmãs e que estariam vivendo com uma tia depois de um conflito por herança.
Além das 12 crianças, mais oito adultos moram no sítio e que devem ser ouvidos pela polícia. Todas as crianças foram levadas para um abrigo após decisão da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina.
"Este processo se arrasta há cinco anos. É um processo extenso. A investigação policial vai apurar exatamente o que aconteceu, mas a preocupação do momento era o zelo pelas crianças, tirar elas do local e garantir que elas estão bem", disse André Santos à imprensa.