Especiais

Festa de final de ano aumentam a incidência de queimaduras por fogos de artifício

Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto cutâneo.

Terça - 20/12/2016 às 13:12



Foto: Divulgação Fogos de artifício
Fogos de artifício

Natal e Ano Novo chegando... É época de comemorar! De acordo com o Ministério da Saúde, os índices de queimaduras por fogos de artifícios chegam a triplicar nesse período. Todo cuidado é pouco quando manuseamos esses itens, por isso vale a pena redobrar a atenção. Segundo o enfermeiro especialista em lesões da Vuelo Pharma, Antônio Rangel, as queimaduras são classificadas de acordo com a profundidade de tecido lesionado, podendo, em casos mais graves, comprometer camadas mais profundas, como músculos, tendões e ossos.

Para saber quais medidas tomar em caso de acidente com fogos, é importante identificar corretamente os tipos de queimaduras. As de 1º grau são leves e superficiais, afetando apenas a primeira camada da pele (derme). São caracterizadas por vermelhidão no local, seguida de inchaço e dor. Já as queimaduras de 2º grau podem ser superficiais ou mais profundas, porém há surgimento de bolhas e maior destruição do tecido. “Nesse caso, as feridas mais superficiais têm bolhas com base rósea e podem causar bastante dor. Já as lesões mais profundas são indolores e as bolhas, geralmente, apresentam base branca”, destaca Rangel. Nos casos mais graves, onde há queimaduras de 3º grau, ocorre a destruição total de todas as camadas da pele e o local afetado pode adquirir coloração escura ou esbranquiçada. Na maioria dos casos a dor é pequena, pois a queimadura é tão profunda que danifica as terminações nervosas. Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto cutâneo.

enfermeiro especialista em lesões da Vuelo Pharma, Antônio Rangelenfermeiro especialista em lesões da Vuelo Pharma, Antônio RangelFoto: Vuelo Pharma

Como agir após o acidente?

Nos casos de queimaduras de 1º e 2º grau, Rangel afirma que a recomendação é colocar o local afetado imediatamente de baixo de água corrente por, aproximadamente, 10 minutos. Compressas úmidas e frias também auxiliam. “Além de resfriar a região, a água contribui para a hidratação da lesão. Já nos casos de queimadura de 3º grau, a orientação é buscar imediatamente atendimento de saúde emergencial” alerta o enfermeiro.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com cada situação, por isso procurar orientação médica é a recomendação em todos os casos. “Existem muitos métodos eficientes e a escolha do tratamento adequado acelera o processo de regeneração da pele, minimizando as chances de cicatrizes. Por exemplo, nos casos de lesões de 1º e 2º grau, a Membrana Regeneradora Porosa tem sido amplamente indicada, pois proporciona o alívio imediato da dor e acelera o processo cicatricial”, conclui o especialista.

Fonte: Priscila Masschetto

Siga nas redes sociais

Compartilhe essa notícia: