PESQUISA

EXCLUSIVO: Pesquisa identificará doenças mais frequentes no público acadêmico da UFPI

O estudo vai abranger alunos, professores e servidores da UFPI em Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus


Pesquisadores da Liga Acadêmica de Química Medicinal e Farmacologia da UFPI

Pesquisadores da Liga Acadêmica de Química Medicinal e Farmacologia da UFPI Foto: Reprodução WhatsApp

Pesquisadores da Liga Acadêmica de Química Medicinal e Farmacologia, que atua na Universidade Federal do Piauí - UFPI, iniciaram um estudo para identificar as doenças mais frequentes entre os membros da comunidade acadêmica da própria UFPI e como elas estão sendo tratadas. Pelo menos 10 mil pessoas estão aptas a participar do estudo, que deverá ser concluído em julho de 2020.

A pesquisa epidemiológica é coordenada pelo doutor Guilherme Barroso Langoni de Freitas, professor de Farmacologia da UFPI. Ela começou na quinta-feira (26.09) com o envio de questionários ao público alvo, que abrange alunos, professores e servidores da UFPI em Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus.

Esse é um trabalho inédito. O professor Guilherme Langoni explica que estudo contará com a participação de outros profissionais e alunos e faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, da estudante Karina Aparecida da Silva Sousa, do Curso Farmácia da UFPI.

De acordo com a estudante, a ideia é, a partir dos resultados da pesquisa, iniciar um trabalho de avaliação e de atendimento aos alunos, professores e servidores que procurarem a ajuda dos profissionais que serão convidados a participar do projeto.

Pelo projeto, a partir da pesquisa serão criados programas gratuitos para monitorar os sintomas das doenças mais frequentes no ambiente da UFPI e para prestar assistência farmacêutica e orientações sobre medicamentos e tratamentos.

O trabalho também prevê a disponibilização de meios e ações com o objetivo de reduzir a incidência das doenças, orientar pacientes e familiares e permitir maior acesso de pessoas da comunidade a informações e atendimentos com profissionais qualificados.

A pesquisa está sendo feita através de formulários disponibilizados na Internet para todos os alunos, professores, servidores e até egressos da UFPI que estão cadastrados no sistema interno de comunicação daquela instituição de ensino –sig@sistemas.ufpi.br.

Para preencher o questionário da pesquisa o aluno, professor ou servidor da UFPI deve acessar o seguinte endereço eletrônico:https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScp5TsE3tmFx1Z7FGaXMDjBe8W1ZXF0wzqG0OUxA17qRiLPiQ/viewform?vc=0&c=0&w=1


Estudante Karina Sousa e o Professor Guilherme Lamgoni - Foto Reprodução WhatsApp


ENTREVISTA

No final da semana a Reportagem do portal PIAUIHOJE.COM ouviu o professor Guilherme Langoni, do Departamento de Farmacologia da UFPI, para explicar detalhes do trabalho. Ele concedeu a seguinte entrevista:

REPÓRTER – Como surgiu a ideia desse trabalho?

GUILHERME - Tenho uma Liga acadêmica chamada Liga Acadêmica de Química Medicinal e Farmacologia. Essa liga tem algumas propostas e uma delas é dirigida à extensão, para fazer atendimento à comunidade. Junto a isso, existem alguns trabalhos de conclusão de curso, que são atrelados à Liga, e um deles é o da Karina (Karina Aparecida da Silva Sousa)

REPÓRTER - Qual o objetivo desse trabalho?

GUILHERME - O trabalho da Karina tinha o objetivo de fazer um atendimento de farmácia clínica dentro da Universidade para aprimorar as técnicas dela dentro dessa nova modalidade de farmacêutico clínico. E a partir daí a gente conseguir prestar alguma assistência as pessoas da comunidade. Mas pra se fazer esse trabalho é necessário, antes, uma pesquisa epidemiológica.

REPÓRTER – E como será feito todo o trabalho?

GUILHERME - A ideia é a gente entender o que está acontecendo dentro da comunidade acadêmica, quais são as principais doenças, quais são os medicamentos que esse pessoal está tomando. Será que eles tão sendo orientados ou estão tomando de qualquer jeito? Essa deve ser uma preocupação do estudo, porque hoje o que a gente mais tem conhecimento de vítimas de overdose não é de pessoas que tomaram uma overdose de droga ilícita e sim de droga licita, principalmente com medicamento relacionados a dor, depressão, dificuldade de sono, ansiedade. São medicamentos com uma faixa terapêutica estreita e é um risco grande. São muito disseminados e apesar de existirem receitas, as pessoas compram sem receita, conseguem simplesmente uma receita assinada e isso é obvio.

REPÓRTER – Já existe algum estudo sobre esse caso de overdose de drogas lícitas?

GUILHERME – Então... ao fazer a pesquisa, de cara, a gente já percebeu que aproximadamente 25% dos excessos de medicação (overdose) têm alguma relação com a depressão ou ansiedade. É um número assim absurdo. Então a ideia dessa pesquisa é iniciar fazendo essa parte, um estudo epidemiológico, fazer um rastreio do que a gente tem de principais doenças e, a partir desse ponto, convocar essas pessoas, entrar em contato, e consegui prestar uma assistência pra eles ali dentro mesmo da Universidade, de forma gratuita. Queremos fazer o atendimento clínico, saber o que estão tomando, se está correto. Vamos tentar direcionar pra algum sistema de saúde, prestar realmente um atendimento pra professores, funcionários e alunos. O pessoal terceirizado a gente não consegue alcançar por causa nosso contatos por e-mail não consta os nomes deles, o disparo de e-mail não alcança eles, mas seria ótimo se conseguisse.

REPÓRTER – Já tem algum retorno dos contatos feitos com o público-alvo?

GUILHERME - Sim. Nas primeiras três ou quatro horas após o envio dos questionários a gente teve mais de 500 respostas. É um número bem expressivo. Eu ainda não consegui falar com a Karina para ter os dados atualizados, mas possivelmente já deve ter atingido mais de mil respostas. Já temos alguns dados, amostra muito importante para a universidade.

CONTEÚDO EXCLUSIVO DO PORTAL PIAUIHOJE.COM

Pesquisa vai atingir todo o público interno da UFPI - Foto: Reprodução

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