Com o retorno às aulas, especialistas alertam que é essencial que os responsáveis verifiquem se a carteira de vacinação das crianças e adolescentes está atualizada. A medida ajuda a prevenir surtos de doenças infecciosas em ambientes escolares, onde há maior risco de transmissão entre os estudantes.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 16 vacinas para proteger contra mais de 20 doenças, incluindo imunizações contra doenças graves como meningite, coqueluche e influenza. Para garantir a proteção contínua, algumas vacinas exigem reforço ou doses adicionais. A imunização, além de proteger os indivíduos, é fundamental para proteger toda a comunidade escolar.
Isabella Balallai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a convivência em grupo, comum nas escolas, aumenta o risco de transmissão de doenças. "Vacinar significa se proteger e proteger a coletividade", afirma. Além disso, doenças como meningite pneumocócica e meningocócica, coqueluche e a covid-19, que continuam afetando crianças, podem ser prevenidas com as vacinas oferecidas pelo SUS.
Em 2024, o Brasil registrou mais de 6.700 casos de coqueluche, uma doença respiratória grave que tem afetado principalmente os bebês. A vacina Penta, administrada nas crianças, é responsável por proteger contra essa e outras infecções. Além disso, mulheres grávidas devem receber a vacina dTpa para proteger o bebê desde o nascimento.
A imunização contra a covid-19 também é fundamental, com todas as crianças de 6 meses a menos de 5 anos devendo receber duas ou três doses, dependendo do imunizante. A cobertura vacinal, no entanto, ainda está abaixo do esperado, com apenas 32,4% das crianças até 4 anos tendo recebido ao menos duas doses da vacina contra a covid-19.
A vacinação não só protege os alunos, mas também ajuda a prevenir surtos de doenças, como a influenza, que tem uma alta taxa de transmissão nas escolas. "Crianças e adolescentes são os principais vetores de doenças como pneumococo e meningococo", alerta Isabella.
Para ajudar na prevenção, é fundamental que as escolas mantenham um ambiente seguro, com profissionais vacinados e com medidas para evitar a disseminação de doenças. Além disso, é recomendável que estudantes com sintomas como febre e tosse fiquem em casa até que se recuperem completamente.
Ana Medina, imunologista e gerente médica da farmacêutica GSK, reforça que a educação em saúde nas escolas é essencial, assim como buscar informações confiáveis sobre a vacinação. "A segurança das vacinas é rigorosamente monitorada e os benefícios de prevenir doenças graves superam em muito os possíveis efeitos colaterais", afirma.
Fonte: Agência Brasil
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