O Governo Federal anunciou que utilizará o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para ampliar o acesso ao crédito consignado para trabalhadores do setor privado. O anúncio foi feito após uma reunião, no dia 29 de janeiro, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e representantes de bancos.
Durante a coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que a plataforma possibilitará que milhões de trabalhadores, que atualmente não têm acesso ao crédito consignado, possam utilizar um mecanismo "moderno, eficiente e transparente", com a possibilidade de comparar taxas de juros praticadas pelos bancos. "Milhões de pessoas que hoje não têm acesso ao crédito consignado passarão a ter esse mecanismo", afirmou Haddad.
A previsão é que a plataforma esteja disponível ainda em 2025, permitindo que famílias sem acesso ao crédito mais barato possam se beneficiar, algo que hoje é restrito a aposentados, servidores públicos e trabalhadores de empresas com convênios bancários.
Isaac Sidney, presidente-executivo da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), também participou do encontro e expressou apoio à medida, ressaltando que a iniciativa visa reduzir os custos do crédito para os trabalhadores com carteira assinada. “Estamos assumindo um compromisso com o governo de fazer com que o crédito privado para o trabalhador celetista cresça”, disse Sidney. Ele destacou que, com o eSocial, a previsão é que a carteira de crédito para esses trabalhadores possa passar dos atuais R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
O ministro Fernando Haddad também destacou que a medida visa reduzir as taxas de juros do crédito pessoal, que atualmente são altas devido à falta de garantia.
“O crédito pessoal hoje, como o banco está sem garantia nenhuma, ele às vezes coloca uma taxa de difícil cumprimento pelo tomador. E com a garantia associada, como esses outros trabalhadores têm, a tendência forte é de que, pela utilização do eSocial, você dê aos trabalhadores que hoje pagam até mais de 6% de juros ao mês no crédito pessoal. E por esse mecanismo, você traga para uma situação melhor”, explicou Haddad.
Fonte: Com informações do Governo Federal
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