Economia

Eleições presidenciais mexem com o mercado financeiro brasileiro

Apesar do sentimento geral de incerteza, há alguns contra movimentos que têm ocorrido no mercado financeiro

Da redação

Quinta - 08/09/2022 às 20:00



Foto: Divulgação Eleição
Eleição

Depois de um ano para esquecer, os analistas afirmam que o mercado financeiro brasileiro tem espaço para se recuperar - só não esperam que o caminho seja fácil.

O atual cenário econômico

Com as eleições presidenciais de Outubro, o Campeonato do Mundo de Futebol no Qatar em Novembro, as flutuações do dólar e a inflação mundial, o Real brasileiro tem sido considerado uma das moedas mais desvalorizadas no mundo.

Os traders forex consideram estes movimentos normais e até a consideram uma coisa boa, pois dá mais margem ao Brasil para reerguer e atrair investimentos, quando outros mercados estão em declínio. 

Apesar do sentimento geral de incerteza, há alguns contra movimentos que têm ocorrido no mercado financeiro. Recentemente, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), anunciou que algumas fusões estão a decorrer, e, com o declínio da China, o Brasil está a subir e a atrair cada vez mais investidores.

A guerra na Europa entre a Rússia e a Ucrânia também tem favorecido a balança externa da economia brasileira devido ao aumento das exportações de matérias-primas. Para além de favorecer o valor cambial do Real, estes movimentos também geram riqueza e emprego no Brasil, estando alinhado com as políticas seguidas.

Graças a política monetária do atual governo, o Brasil conseguiu resultados econômicos surpreendentes ao registar uma taxa de inflação mais baixa do que a esperada e também uma diminuição da taxa de desemprego para valores mais baixos dos últimos sete anos.

A principal razão por trás deste sucesso é o programa Auxílio Brasil que incentivou as pessoas a arrumar emprego, buscando melhores condições e aumentando a capacidade de compra no geral.

O impacto das eleições presidenciais

Os principais candidatos às eleições presidenciais a realizar em Outubro deste ano são o atual presidente do governo, Jair Bolsonaro, o ex-presidente esquerdista, Luiz Inácio Lula da Silva. As suas opiniões divergentes sobre as políticas económicas e monetárias estão a ajudar a alimentar a incerteza no mercado.

Apesar disso, alguns especialistas dizem que as eleições presidenciais não terão grande impacto na economia a longo-prazo, uma vez que ambos os candidatos já ocuparam o cargo de chefe executivo. No fundo, consideram que o mercado apresenta alguma volatilidade neste momento por se preocupar mais com os debates do que propriamente com os vencedores das eleições.

Nos debates, Lula da Silva fala do comércio e do papel da indústria na economia do Brasil e de como irá procurar soluções para a criação de emprego. Por outro lado, Bolsonaro tem pedido ao povo brasileiro que confiem nele para dar continuidade às políticas monetárias expansionistas e impulsionar a economia do país.

Cada candidato tem prós e contras na sua visão para o país mas, no entanto, é certo que o vencedor das eleições enfrentará um período difícil, uma vez que a economia global provavelmente irá sofrer uma recessão em 2023.

No Brasil, alguns dos principais pontos de atenção no próximo mandato são uma importante reforma da legislação fiscal que inclui novas taxas de inflação, isenção de impostos para alguns produtos e controle das despesas governamentais.

Conclusão

Num período onde o mundo antecipa a maior recessão dos últimos 15 anos, o Brasil terá de enfrentar eleições presidenciais para escolher a pessoa que tomará as rédeas do destino do país.

Muitos analistas afirmam que não haverá grande diferença para a economia do país se o vencedor ficar entre Bolsonaro e Lula, pois ambos já mostraram ao mundo suas visões e políticas.

Embora muitos poucos apostariam numa vitória do Bolsonaro quando se atravessa a um aumento da pobreza generalizada alimentada por uma inflação desenfreada. Ainda assim, os indicadores econômicos mostram que as políticas monetárias seguidas pelo seu governo têm tido efeito.

Apesar dos preços de alguns produtos básicos como o leite ainda estarem em alta, os cortes fiscais ajudaram a reduzir os custos da gasolina e do gás de cozinha numa altura em que estes atingem valores recordes a nível mundial.

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