Arte e Cultura

PODCAST SIMBORA

Professor piauiense lança livro para descomplicar o português do dia a dia

Professor Newton Neto falou sobre o lançamento da obra durante o Podcast Simbora, com o professor Wellington Soares

Da Redação

Sexta - 19/09/2025 às 18:19



Foto: Piauí Hoje Professor de português, Newton Neto
Professor de português, Newton Neto

Uma obra que aborda a língua portuguesa como ferramenta viva de comunicação e inclusão social, com dicas práticas, curiosidades e respostas para dúvidas comuns do dia a dia sobre a língua portuguesa. Assim é o livro Como é que eu falo, professor?, escrito pelo professor Newton Neto. Ele falou sobre o lançamento da obra durante o Podcast Simbora, com o professor Wellington Soares.

Conhecido por sua abordagem acessível, Newton destaca que a linguagem é nossa ferramenta de sobrevivência em sociedade. "Falar bem, falar corretamente, estar antenado ao vocabulário adequado e adequar este vocabulário a nossa fala diária é importante para que a gente possa convencer e ser convencido, para que exista comunicação".

Uma das bases do livro é a ideia de que a linguagem deve promover entendimento, não constrangimento. "Tenho uma preocupação com o meu interlocutor. Preciso me fazer comunicar. Preciso que o que eu fale seja compreendido por ele ou por todos", afirmou Newton. "Ajustar a linguagem para que ela não oprima ninguém. O conhecimento tem que gerar admiração e não constrangimento", defende.

Um dos focos da obra também é a substituição de expressões preconceituosas ou que alimentam estereótipos negativos, como o machismo, o capacitismo e a xenofobia, propondo alternativas linguísticas que promovam mais respeito e inclusão. “Nós queríamos eliminar expressões que causam dor, que fomentam o preconceito, e sugerir outras no lugar”.

O autor navega com habilidade entre o respeito às variedades linguísticas e a importância do domínio da norma padrão. Ele criticou a visão distorcida que relaciona a linguagem informal apenas a sotaques regionais, como o nordestino, e defendeu que a variedade linguística é um reflexo da identidade cultural e deve ser valorizada.

Por outro lado, o professor reconhece a importância da norma culta em certos contextos, como no ENEM. “A competência 1, que avalia o domínio da norma padrão, ainda é a que tem a menor média nacional. A gente precisa ter essa base. Muitos alunos acham que a gramática não existe mais, que é coisa do passado. Mas ela é fundamental”, disse, ressaltando que, embora a interpretação textual seja importante, questões gramaticais como concordância, regência e pontuação segue sendo um desafio para grande parte dos estudantes. 

Com ilustrações de Geraldo Feitosa, o livro Como é que eu falo, professor? foi pensado para ser prático e acessível. "Planejamos uma linguagem leve, próxima do nosso dia a dia, e também quisemos que ele fosse fisicamente leve. Cabe em qualquer bolsa", explicou o professor. A ideia é que o leitor possa abrir uma página aleatória e aprender algo útil para sua comunicação cotidiana.

Com experiência em salas de aula e preparação para concursos, Newton já publicou outros livros, incluindo uma gramática completa e um material sobre o acordo ortográfico, sempre com o objetivo de tornar o aprendizado do português mais próximo da realidade e menos complicado.

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