A segunda etapa do monitoramento de áreas de risco em Teresina está em andamento, com equipes técnicas do Serviço Geológico do Brasil (SGB) percorrendo bairros da capital para avaliar regiões vulneráveis a deslizamentos de terra e inundações. O trabalho, que se estenderá até o dia 22 de fevereiro, tem como objetivo mapear pontos críticos e classificar os níveis de risco, fornecendo dados essenciais para a tomada de decisões e a segurança da população.
A iniciativa conta com a colaboração da Defesa Civil de Teresina, da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação (Semplan) e das Superintendências de Desenvolvimento Urbano e Rural (SDUs). Durante as vistorias, os especialistas analisam aspectos geotécnicos das áreas, identificando fatores como instabilidade do solo, histórico de ocorrência de desastres naturais e condições estruturais das habitações.
Para o geólogo Marcos Oliveira, membro da equipe de monitoramento, o estudo é fundamental para prevenir tragédias e orientar medidas eficazes. “Esse mapeamento permite um diagnóstico detalhado das áreas mais suscetíveis a desastres, garantindo que as autoridades possam intervir de maneira preventiva e reduzir os riscos para a população”, destacou.
Nesta quarta-feira (12), os técnicos concentraram as atividades nas zonas Sudeste e Sul de Teresina, acompanhados pelo secretário municipal da Defesa Civil, coronel José Nunes. O gestor enfatizou a importância do trabalho realizado pelo SGB para a gestão de riscos no município. “Com informações precisas sobre as áreas mais vulneráveis, poderemos direcionar recursos e implementar medidas de proteção, minimizando impactos, principalmente em um contexto de mudanças climáticas cada vez mais intensas”, explicou.
Geólogos intensificam mapeamento de áreas de risco em Teresina - Reprodução/Ascom
Plano de Redução de Riscos e parceria com o programa Periferia sem Risco
Com a finalização do monitoramento, os dados serão consolidados para a elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Esse documento servirá como base para a adoção de soluções estruturais, como obras de drenagem e reforço de encostas, e medidas não estruturais, como realocação de moradores de áreas de alto risco.
Além disso, Teresina foi contemplada pelo programa Periferia sem Risco, iniciativa da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), do Ministério das Cidades, voltada para a redução de impactos de desastres naturais em regiões vulneráveis. O programa prevê melhorias no planejamento urbano, revisão de metodologias de avaliação de risco e capacitação de profissionais para a prevenção de desastres.
Bairros monitorados
O mapeamento abrange tanto a zona urbana quanto a zona rural da capital. Entre as áreas analisadas, estão bairros como Jardim dos Pássaros, Vila Washington Feitosa, Parque Brasil, Santa Maria da Codipi, Satélite e diversas comunidades rurais, incluindo Santana, Chapadinha e Taboca do Pau Ferrado.
Fonte: PMT
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