Foto: VEJA
Acusado de matar Marielle conta como Bolsonaro o ajudou
O policial reformado Ronnie Lessa principal suspeito de assassinar a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, disse e em entrevista à revista Veja, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o ajudou em 2009 para que ele recebesse prioridade em um atendimento na ABBR (Associação Brasileira Beneficente d e Reabilitação).
Na época, Jair Bolsonaro era deputado federal. Ronnie Lessa perdeu parte da perna esquerda em um atentado a bomba em seu carro. Durante a entrevista, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, o interno número 33 do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para onde foi transferido em dezembro de 2020, alega inocência – como era previsível.
O crime vai completar quatro anos no próximo dia 14. O PM ainda coloca a culpa em uma pessoa morta, o ex-capitão Adriano da Nóbrega, alvejado pela polícia da Bahia há dois anos. Adriano comandava o chamado Escritório do Crime – grupo de milicianos e matadores de aluguel que atua na capital fluminense. O PM reformado ainda tenta refutar uma das provas mais contundentes que constam na denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Alega que a pesquisa por silenciador da submetralhadora HK MP5, que segundo a polícia foi utilizada no crime, na verdade era por peças – outra coincidência, na versão dele – para uma réplica do armamento, só que calibre 22. Para o MP fluminense há elementos suficientes para uma possível condenação.
Siga nas redes sociais
