Foto: reprodução
O erro foi parecer com o ex-presidente da república
Repórter fotográfico do jornal Estado de Minas, Beto Novaes foi agredido ao cobrir o protesto contra o governo de Dilma Rousseff ocorrido na tarde do último domingo, 12, em Belo Horizonte. O motivo da agressão por parte de alguns manifestantes foi, conforme relatou o próprio jornalista, sua aparência com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
beto-novaes-lula-agressao-protestoDois dias depois do ocorrido, o ato criminoso contra o fotógrafo não foi esquecido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. Reportagem de Leonardo Augusto publicada pela versão online do Estadão nesta terça-feira, 14, informa que a entidade solicitou à Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual a investigação do caso.
A matéria de O Estado de S. Paulo entrou em contato com o MP mineiro. A equipe de comunicação da instituição afirmou que recebeu o pedido do sindicato, mas não confirmou o próximo passo do caso, pois informou que irá avaliar os “procedimentos a serem adotados”. Apesar disso, o Ministério Público adiantou que “um pedido de apuração policial” poderá ser feito.
Em nota, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) também se posicionou em relação à agressão contra Beto Novaes. A entidade lamentou a atitude de quem partiu para cima de Betão, conforme o profissional é carinhosamente chamado. No texto, relata-se que o fotógrafo passa bem, apesar de ter encarado um dos momentos mais difíceis de sua carreira.
“Nossa indignação não é apenas enquanto profissionais, mas sim como seres humanos, gente, povo, classe média, o que seja. É uma triste ironia que pessoas que pedem democracia e liberdade agridam alguém por sua aparência física”, pontua a Arfoc-MG. “TVs e jornais nacionais estão correndo atrás da história, e esperamos que os cretinos sejam identificados e punidos”, ressalta a entidade.
Fonte: comunique-se
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