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SAQUES

RS registra 130 prisões por crimes relacionados às cheias: 'revoltante', diz dona de loja roubada

Secretaria da Segurança Pública identificou saques, roubos e furtos em áreas alagadas, crimes em abrigos e golpes relacionados às enchentes

Da Redação

Domingo - 19/05/2024 às 14:45



Foto: Marinez Silva Hauenstein Loja roubada em Arroio do Meio
Loja roubada em Arroio do Meio

As cheias que afetaram 2,3 milhões de gaúchos despertaram a solidariedade de muitos brasileiros, mas também deixaram à mostra o cenário de insegurança comum em boa parte do país. Desde o início da tragédia, que deixou 155 mortos, as polícias do Rio Grande do Sul prenderam 130 pessoas por crimes em meio ao contexto das enchentes.

Do total de presos, 48 foram por crimes patrimoniais, como roubos e furtos de pessoas afetadas pelos temporais, afirma a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Outras 49 pessoas foram detidas em abrigos. Não há o detalhamento das demais prisões.

No Vale do Taquari, uma das regiões mais castigadas pela tragédia, uma família sofreu tanto com a cheia quanto com a criminalidade. O roubo em uma loja em Arroio do Meio foi relatado pela empresária Marinez Silva Hauenstein em um vídeo que viralizou nas redes sociais.

"Olha só o que eles fizeram com a nossa loja de Arroio do Meio. Roubaram, entraram nela. Roubaram tudo. Porque, quando se encontra uma porta chaveada – e ela tá chaveada –, não é saque, é roubo", falou no vídeo.

Marinez e o marido têm cinco lojas de variedades (vendem alimentos, bebidas, itens de bazar, roupas, entre outros) em quatro cidades da região. Além de dois estabelecimentos em Arroio do Meio, eles também trabalham em Estrela, Cruzeiro do Sul e Lajeado.

"Quatro lojas foram praticamente consumidas pela água, onde a gente perdeu praticamente tudo. E uma loja, que seria a loja do nosso recomeço, a loja onde a gente poderia continuar, simplesmente a gente teve ela roubada por completo", diz a empresária ao g1.

A família estima que 20 mil itens foram levados, totalizando um prejuízo de R$ 2 milhões. Marinez só deparou com os estragos alguns dias depois, ao conseguir voltar para Arroio do Meio, depois que as águas baixaram.

"Isso é muito revoltante, é muito triste. Porque a gente é honesto, a gente é trabalhador", desabafa.

Fonte: G1

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