
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, a partir desta terça-feira (14), a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra sete réus por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os ministros vão decidir se os integrantes do chamado núcleo 4 da trama golpista devem ser condenados ou absolvidos. O julgamento começa às 9 horas.
Durante pelo menos quatro dias — 14, 15, 21 e 22 de outubro — estará em análise a acusação apresentada pela PGR em fevereiro deste ano. A denúncia resultou em uma ação penal que começou a tramitar em maio.
Os sete réus do núcleo 4 da trama golpista que vão a julgamento a partir desta terça-feira (14), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), responde por cinco crimes, relacionados à tentativa de golpe de Estado em 2022.
O núcleo é formado por sete réus:
-Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
-Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
-Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
-Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
-Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
-Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército.
O núcleo 4 é o segundo a ser julgado. O primeiro foi o núcleo 1, considerado o mais responsável pela tentativa de golpe de Estado, a Primeira Turma condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. Também foram condenados:
- Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022: 26 anos;
- Almir Garnier - ex-comandante da Marinha: 24 anos;
- Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal: 24 anos;
- Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos;
- Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa: 19 anos;
- Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 2 anos em regime aberto e garantia de liberdade pela delação premiada;
- Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias.
Fonte: STF