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Por que os ETs estão demorando tanto para nos encontrar?

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Terça - 14/02/2012 às 06:02



Foto: discovery Se existem os ETs estão evitando os humanos
Se existem os ETs estão evitando os humanos
 Se dependesse das probabilidades matemáticas, o os ETs – se existirem – já teriam nos encontrado. Portanto, seja qual for o motivo, os alienígenas estão nos evitando de propósito, conclui um estudo.
“Ou estamos sós, ou eles existem e preferem nos deixar em paz”, pondera o matemático Thomas Hair, da Universidade do Golfo da Flórida em Fort Myers, em entrevista ao Discovery Notícias.
No começo de janeiro, Hair apresentou uma pesquisa singular na Associação Matemática da América em Boston. Ela calcula quanto tempo uma sociedade levaria para desenvolver recursos e tecnologias para deixar seu mundo e viajar até outro planeta, segundo estimativas que o próprio pesquisador considera bastante conservadoras. Mesmo ao ritmo relativamente moroso de 1% da velocidade da luz, os extraterrestres chegariam à estrela mais próxima em cerca de 500 anos.
A luz viaja aproximadamente a 300 mil quilômetros por segundo. Imagine mais 500 anos para construir naves novas e explorar o espaço várias e várias vezes. Os cálculos mostram que civilizações surgidas em planetas mais antigos da nossa galáxia teriam tido tempo de sobra para nos encontrar. Então, onde eles estão?
"Ou passaram por nós, ou ficaram em seus sistemas solares contemplando o próprio umbigo”, especula Hair. Diversas razões podem explicar porque não somos citados no Yelp intergalático. Talvez o mais importante é o fato de não termos nada que interesse aos alienígenas.
“Uma civilização mais antiga provavelmente não tem as mesmas necessidades biológicas. Não precisam de um lugar como a Terra. Não precisam vir até aqui para roubar nossa água. Há muita água no sistema solar exterior, onde a gravidade não é tão alta e eles podem usá-la à vontade”, explica Hair. “Ou talvez os extraterrestres modernos estejam seguindo rotas estabelecidas há muito tempo, e todas elas passam ao longo da Terra”, acrescenta.
Seja qual for o motivo para sermos ignorados, não há nenhuma chance de os ETs, se existirem, não saberem que estamos aqui, assevera Hair, mencionando telescópios como o observatório Kepler da NASA, que pode detectar planeta ao redor de outras estrelas.
“Se os humanos que vivem em um planeta de cerca de 5 bilhões de anos já dispõe de uma tecnologia como a do Kepler, uma civilização alienígena com mais de 10 milhões de anos de experiência à nossa frente teria avançado muito mais”, sustenta.
“Tenho certeza de que seriam capazes de detectar vida no nosso planeta. Só os CFCs (chorofluorcarbonos) na atmosfera já nos denunciariam”, conclui.
Os CFCs são compostos comumente encontrados em refrigerantes e produtos com aerossol. Eles liberam átomos de cloro quanto expostos à luz ultravioleta e corroem camada de ozônio da Terra.
O físico Woods Halley, da Universidade de Minnesota, que acabou de publicar um livro sobre as probabilidades de vida extraterrestre, afirma que não sabemos o bastante sobre os primórdios da vida na Terra para conseguirmos reconhecer vida alienígena, mesmo se estivesse bem debaixo do nosso nariz.
“Acho que existem três opções”, teoriza Halley. "A vida é rara: uma suposição com razoável chance de estar correta. A vida é estranha: sempre que você a encontra, é muito diferente da última vez em que a viu. A vida é comum: isso significa que você encontrará algo muito semelhante à vida na Terra, e nossas dificuldades para detectá-la são técnicas. Acredito que todas sejam possíveis, mas as evidências demonstram que a primeira é mais provável: somos raros”, conclui Halley.

Fonte: discovery

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