
A Procuradoria-Geral da República - PGR, pediu nesta segunda-feira (25/08) ao Supremo Tribunal Federal - STF, que a Polícia Federal tenha equipes de prontidão perto da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A PGR levou em conta um pedido do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados. O parlamentar havia pedido prisão preventiva do ex-presidente em razão do "descumprimento reiterado das medidas cautelares".
Em vez disso, a PGR recomendou "equipes de prontidão em tempo integral" para monitorar Bolsonaro. "Parece ao Ministério Público Federal de bom alvitre que se recomende formalmente à polícia que destaque equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautelares adotadas, adotando-se o cuidado de que não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança", diz a manifestação do PGR.
A PF encontrou documento em que Bolsonaro pediria asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. O arquivo, achado no celular do ex-presidente, dizia que ele é "perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos" no Brasil. A defesa de Bolsonaro diz que o pedido nunca chegou a ser enviado.
O documento teria sido salvo pela última vez em 12 de fevereiro de 2024, data em que o ex-presidente chegou à embaixada da Hungria, em Brasília. Em 10 de fevereiro, uma operação apreendeu o passaporte de Bolsonaro.
A corporação também afirma que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares. Ele ativou um novo celular e enviou vídeos no WhatsApp para listas de transmissão com deputados, senadores e aliados, mesmo proibido de usar redes sociais. As provas coletadas pela PF ainda incluem mensagens em que Bolsonaro orienta terceiros a publicarem vídeos e mensagens.
Fonte: UOL