O Aeroporto de Fortaleza recebe, na tarde desta sexta-feira (7), 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos, com a organização de equipes de apoio tanto do governo federal quanto do governo do Ceará. O acolhimento, segundo o jornal O Globo, foi estruturado com pontos de distribuição de alimentos, água, internet e lugares para carregar aparelhos eletrônicos, além da presença de integrantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que foram destacados para atender emergências de saúde.
Os deportados que desembarcarem no aeroporto da capital cearense poderão ser atendidos no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, instalado nas proximidades da área de desembarque internacional, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ceará. Além disso, postos de acolhida foram organizados dentro da área de embarque, e uma estrutura adicional foi montada na rodoviária de Fortaleza, para aqueles que decidirem permanecer no estado.
A coordenação da operação é liderada pela secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Janine Mello, que está no local ao lado da secretária de Direitos Humanos do governo cearense, Socorro França. A Polícia Federal também está presente para cuidar dos serviços de imigração, enquanto o Ministério das Relações Exteriores mantém contato direto com o governo dos Estados Unidos para garantir o tratamento humanitário dos brasileiros repatriados.
De acordo com nota do governo federal, equipes especializadas estarão disponíveis para fornecer informações sobre serviços essenciais, como matrícula em escolas e regularização vacinal, assegurando um retorno seguro para os destinos finais dos deportados. A maioria dos imigrantes repatriados, aproximadamente 80%, é oriunda de Minas Gerais, com a previsão de que embarquem em voos adicionais para o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O trajeto até Fortaleza foi inicialmente planejado com Belo Horizonte como primeira parada, mas o governo brasileiro, sob orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negociou com as autoridades dos Estados Unidos a alteração da rota. A escolha de Fortaleza, cidade litorânea, visou minimizar o tempo que os deportados passariam sobrevoando o Brasil, uma vez que o governo considerou inaceitável o incidente ocorrido no final de janeiro, quando 88 brasileiros foram deportados para Manaus, algemados e com correntes nos pés, além de relatarem maus-tratos durante o voo.
Diante disso, um diplomata brasileiro foi designado para acompanhar o embarque dos deportados, reforçando o compromisso do governo brasileiro em garantir um retorno seguro e tratamento digno para seus cidadãos.
Fonte: Brasil 247