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BOLSISTAS

Ex-diretor do Colégio Bandeirantes afirma que bolsistas são agressivos por pedir auxílio

Declarações foram feitas após morte de aluno bolsista por ser vítima de bullying

Da Redação

Quinta - 29/08/2024 às 08:19



Foto: Divulgação ONG emite nota de repúdio às declarações feitas pelo assessor do Colégio Bandeirante
ONG emite nota de repúdio às declarações feitas pelo assessor do Colégio Bandeirante

Após morte do aluno bolsista por bullying na escola, o colégio Bandeirantes, da zona sul de São Paulo, quer rever parceria com a Ismart, ONG para bolsistas que faz ponte entre adolescentes de baixa renda para um ensino de qualidade. A decisão será revertida depois que um estudante bolsista de 14 anos morrer por ter sido vítima de bullying. Ex-bolsistas do Colégio e membros da Alumni Ismart emitiram uma nota de repúdio pelas declarações de Mauro Salles Aguiar, ex-diretor e atual assessor da escola, sobre as declarações feitas em 14 de agosto, dois dias depois da morte do aluno bolsista.

Aguiar, na declaração, comentou sobre o nível de agressividade realmente grande e espantoso” dos bolsistas. Ele se referia à resposta dos alunos beneficiados pelo projeto, que cobraram pronunciamento da escola sobre o ocorrido e exigiram auxílio psicológico. Ele disse que “a escola não é uma clínica psicológica” e que os alunos não são responsáveis pelo cuidado emocional dos alunos. A assessoria de imprensa do Colégio Bandeirantes informou ao UOL, em reportagem publicada na terça-feira (27), que Mauro Salles Aguiar “não faz parte da estrutura de gestão do colégio desde 2023”.

 A carta de repúdio, obtida pelo UOL nesta quarta-feira (28), é assinada por bolsistas universitários, ex-bolsistas graduados e integrantes da rede Alumni Ismart. O manifesto destaca os desafios enfrentados pelos bolsistas, incluindo o racismo e a desigualdade social, e critica a escola por perpetuar o racismo estrutural ao desconsiderar as dinâmicas raciais e sociais em um momento de luto. Os ex-alunos também denunciam a ausência de suporte emocional adequado no ambiente escolar, citando fatores como racismo, LGBTfobia, disparidade de gênero e um ambiente excludente que impactam negativamente a saúde mental dos estudantes.

Fonte: Brasil 247

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