Desenvolvido por pesquisadores de universidades e centros de estudos brasileiros, método para mapear riscos de desastres naturais pretende auxiliar na prevenção aos efeitos de inundação, alagamento, deslizamentos e chuvas intensas. O projeto, durante a sua elaboração, contou com a participação de moradores, especialmente alunos.
O estudo foi conduzido por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Vale do Paraíba (Univap) e disponibilizado pela revista Disaster Prevention and Management.
Sobre a produção da metodologia de mapeamento, os pesquisadores tiveram a colaboração de 22 alunos matriculados entre 2019 e 2021 na escola estadual Monsenhor Ignácio Gioia, em São Luiz do Paraitinga, no estado de São Paulo. Por volta de 2010, o município foi parcialmente destruído por uma enchente, quando o nível do Rio Paraitinga subiu, deixando, assim, boa parte da população desalojada. Além disso, foram utilizados dados de risco do Serviço Geológico do Brasil - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública, vinculada ao Ministério de Minas e Energia - e imagens obtidas com drones, tudo isso disponível na internet.
“Os alunos identificaram no mapa e foram também elaborando rotas de fuga para que as pessoas, dentro dessas áreas inundáveis, quais seriam os lugares seguros que elas poderiam se abrigar temporariamente diante de inundações de cinco metros, de dez metros, e assim por diante. É um exercício de planejamento, um plano de contingência feito em conjunto com as pessoas que moram na região”, afirma o sociólogo, pesquisador do Cemaden e orientador do trabalho Victor Marchezini.
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O trabalho, que tem como primeiro autor o pesquisador Miguel Angel Trejo-Rangel, do Inpe, recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Fonte: Agência Brasil