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DESASTRE DE MARIANA

Mineralogia envolvida no desastre de Mariana apresenta defesa em tribunal de Londres

Os advogados da mineradora anglo-australiana iniciaram sua defesa perante o tribunal britânico que julga a responsabilidade da empresa

Da Redação

Quarta - 23/10/2024 às 12:14



Foto: Leonardo Lucena Mariana (MG)
Mariana (MG)

Os advogados da mineradora anglo-australiana BHP iniciaram sua defesa no tribunal britânico que investiga a responsabilidade da empresa pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, ocorrido em 2015. Este é o terceiro dia do julgamento, que nos dois primeiros dias focou na apresentação das teses das vítimas, que buscam responsabilizar a BHP.

A barragem era operada pela Samarco, uma joint-venture da Vale e da BHP Brasil. O escritório Pogust Goodhead (PG) representa 620 mil pessoas, 1.500 empresas e 46 municípios afetados, argumentando que decisões na Samarco só podiam ser tomadas com a concordância de ambos os acionistas, e que a BHP tinha conhecimento dos riscos associados à barragem.

A BHP, por sua vez, nega as alegações sobre seu controle sobre a Samarco, afirmando que a empresa sempre teve operação e gestão independentes. A mineradora declarou que está colaborando com as autoridades brasileiras para encontrar soluções de compensação e reparação e criticou a ação judicial no Reino Unido, que considera prejudicial aos esforços no Brasil.

A empresa terá dois dias para sua defesa no tribunal londrino, seguido por três semanas de depoimentos de testemunhas. Especialistas em legislações brasileiras também serão ouvidos para explicar as leis relevantes ao caso. O julgamento deve durar até março de 2025, com mais três meses para que a juíza, Finola O’Farrell, emita sua sentença. Nesta fase, será decidido se a BHP é responsável pelo desastre, e um novo julgamento será necessário para discutir possíveis indenizações, caso a empresa seja condenada.

Fonte: Agência Brasil

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