Brasil

GOLPE DE ESTADO

Bolsonaro é intimado a depor em caso de empresários que discutiram golpe

Antes de Bolsonaro ser ouvido, a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos da investigação

Arnaldo Silva

Terça - 22/08/2023 às 18:48



Foto: EVARISTO SA / AFP Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento, na investigação sobre o caso de empresários que discutiram golpe de Estado em mensagens de WhatsApp.

Antes de Bolsonaro ser ouvido, a defesa do ex-presidente quer ter acesso aos autos da investigação. O depoimento está previsto para o dia 31 deste mês.

Os empresários apoiadores de Bolsonaro defenderam, por meio de textos enviados pelo aplicativo, um golpe de Estado no Brasil caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse a eleição presidencial de 2022.

STF

Nesta última segunda-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de investigação contra seis dos empresários que foram alvos de mandados em agosto de 2022, em razão de conversas sobre um suposto golpe.

Moraes também concedeu à Polícia Federal mais 60 dias para que seja feita mais investigação contra os empresários Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri.

Investigações

Em sua gestão, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. Bolsonaro também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição do ano passado.

Os policiais federais iniciaram já neste ano uma investigação no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No aparelho, a PF encontrou uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio “dentro das quatro linhas” da Constituição.

Mauro Cid está preso desde maio após acusação de envolvimento em fraudes em cartões de vacina.

Inelegível e multa

Em 30 de junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por ter acusado sem provas o sistema eleitoral brasileiro de não ter segurança contra fraudes. Em novembro do ano passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões depois que o partido questionou a confiança das urnas eletrônicas.

Fonte: Com informações do Brasil247

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