Olhe Direito!

Olhe Direito!

Lições da pandemia

Então, a vacina nos chega como um arrimo poderoso, como um imenso guarda-chuva, que vai se espalhando pelo mundo à medida em que mais pessoas são imunizadas.

Alvaro Mota

Sábado - 27/02/2021 às 10:47



Foto: Foto: Reprodução Coronavirus
Coronavirus

Há uma sabedoria popular segundo a qual, depois da tempestade vem a bonança. Estamos no meio de uma intempérie sanitária cuja duração não sabemos mais quanto tempo terá, mas que esperamos seja o mais curta possível, face aos progressos terapêuticos produzidos pela ciência médica, que avançou a passos largos rumo a uma vacina – a mais eficaz e duradoura das soluções profiláticas em saúde pública.

Sim, temos diversos imunizantes contra a covid-19, uma doença emergente, com tratamento ainda em evolução, em razão do fato de que o próprio agente causador dela se altera – como todos já sabem – com mutações do vírus na África do Sul, Brasil e Reino Unido da Grã-Bretanha. Seja como for, porém, tem-se a favor da Humanidade uma ciência médica que também pode alterar as vacinas para se adaptar às mudanças virais.

Nilo Angeline, um cavalheiro

Quaresma e quarentena

O futuro do emprego

Então, a vacina nos chega como um arrimo poderoso, como um imenso guarda-chuva, que vai se espalhando pelo mundo à medida em que mais pessoas são imunizadas. É isso o que evita a propagação do vírus e, nesse ambiente em que se reduz o espaço de proliferação, cuida-se de mitigar os resultados deletérios do novo coronavírus sobre a saúde individual e coletiva.

Estamos, por assim dizer, em um ambiente de guerra. Uma grande guerra biológica contra um inimigo comum. A vacina é a arma mais eficiente, mas está claro que o arsenal inclui as medidas de profilaxia corriqueiras, como usar máscaras, lavar as mãos sistematicamente e evitar os contatos físicos mais próximos. Neste sentido, todos nós nos tornamos soldados de autodefesa e de defesa dos que estão bem próximos de nós.

Estamos em uma guerra em que a maioria de nós só se defende porque o inimigo não se pode enxergar. Sua invisibilidade o torna ainda mais perigoso e hábil para nos atingir, de modo que a defesa com medidas profiláticas se pode configurar em uma muralha que podemos fazer todos os dias com máscaras, água e sabão, álcool gel, distanciamento social… E aprendizado, que é exatamente parte da bonança que esperamos após a tempestade.

Esperamos todos pela bonança que se seguirá à tempestade que passamos, a ser amainada presentemente pela profilaxia pessoal e, em breve futuro, pela ação preventiva dos imunizantes. Mas como será esse tempo novo sem uma ameaça a pairar sobre todas as cabeças da Humanidade? No caso da economia, conforme dizem os que compreendem melhor a ciência econômica, poderá ser de uma recuperação em V, ou seja, as economias nacionais em queda há bastante tempo, haverá de se recuperar em elevação vertiginosa.

É quase certo que assim será, mas temos que pensar em bonança também sob o aspecto dos ganhos sociais de melhoria de saúde pública e coletiva, de mais respeito ao próximo, de avanços na ciência médica, resultando em melhor prevenção e em uma melhor vigilância epidemiológica, porque se depois da tempestade vem a bonança, é quase certo que em meio à bonança pode haver uma nova tempestade.

Siga nas redes sociais
Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

Compartilhe essa notícia: