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Espírito de Natal

Em resumo “Um conto de Natal” narra a história do senhor Ebnezer Scrooge, um rico avarento que vê o Natal como uma época de desperdício

Alvaro Mota

Segunda - 28/12/2020 às 09:54



Foto: Divulgação Conto
Conto

Uma das histórias mais conhecidas, contadas e filmadas do mundo é “Um conto de Natal”, de Charles Dickens, autor dos clássicos David Copperfield e Oliver Twist, romances de forte crítica social, escritos em uma Inglaterra balançada pelos ventos de sua revolução industrial.

“Um conto de Natal” tem a mesma temática, é claro, mas focando em um momento no ano em que todas as pessoas em geral são tomadas pela generosidade e pelo que nós, cristãos, temos por tradição chamar de o espírito do Natal.

Em resumo “Um conto de Natal” narra a história do senhor Ebnezer Scrooge, um rico avarento que vê o Natal como uma época de desperdício, durante o qual as pessoas gastam o que podem ou nem podem gastar porque não tiveram o suficiente para pagar o que devem. Ou seja, Scrooge acha o Natal é coisa ruim.

Scrooge vai mudar quando recebe três visitas na noite que antecede ao Natal. Um fantasma do passado, que mostra a ele sua infância infeliz e conturbada; um fantasma do presente, que convida Scrooge a observar a alegria das pessoas em razão do espírito natalino e o fantasma do futuro, que vai mostrar a ele pessoas alegres com a morte de outra pessoa, qual seja o próprio Scrooge.

Essa experiência faz o senhor Scrooge mudar sua perspectiva sobre o Natal, levando-o a entender que o espírito que move as pessoas nesse tempo é o de desapego às coisas materiais, em favor do amor, da compaixão, da partilha, da solidariedade, da gentileza.

“Um conto de Natal” não é apenas uma boa e linda história, escrita em 1843, quando sequer a cidade de Teresina, existia. Trata-se de um texto que pode nos ensinar muito sobre a gente ter sempre a disposição de ajudar o próximo, como ensina supremamente o Cristo, razão de existir e de se celebrar o Natal.

O conto de Dickens se vale de três espíritos para o que precisamos fazer nestes dias: refletir sobre passado, presente e futuro. Ainda que nenhum de nós possa ser comparado ao senhor Scrooge, que odiava o Natal e era um homem ruim e mesquinho ao extremo do extremo, temos todos um pouco dele, com defeitos e mesquinharias que precisamos superar, não somente no período do Natal, mas por todo o restante do ano que vai nos levar a um outro período natalino

O espírito de Natal, que visita aos que estão dispostos a recebê-lo, sejam as pessoas de que religiões forem elas, é tão somente a possibilidade de a gente renunciar àquilo que é menos importante (o material) para nos concentramos no que importa mais, que é se importar mais com as pessoas.

Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.
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