Olhe Direito!

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A consolidação do turismo

Vamos falar primeiramente de São Raimundo Nonato

Redacão

Quarta - 24/07/2019 às 14:36



Foto: Divulgação Praia de Atalaia
Praia de Atalaia

Um amigo me diz, com entusiasmo, que notou estar havendo em São Raimundo Nonato uma certa robustez no turismo na cidade. Sem que seja preciso de uma opinião de um terceiro, é perceptível no litoral do Piauí que essa é uma atividade fundamental para as quatro cidades banhadas pelo mar no Estado e, olhando outras cidades e regiões do Piauí, turismo, hotelaria e serviços correlatos à atividade se consolidam como atividade econômica de grande importância.

Vamos falar primeiramente de São Raimundo Nonato. A cidade tem agora uma estrutura de hotelaria bem mais adequada que cinco anos atrás – do mesmo modo como em outras cidades piauienses cresce a oferta de leitos de hospedagem.

São Raimundo tem a vantagem de ter um aeroporto, cujo funcionamento será um imperativo, mais cedo ou mais tarde e há razões para considerar que a expansão do turismo deverá implicar em sua utilização rotineira.

Não há, infelizmente, um dado estatístico mais recente que possa dar razão ao entusiasmo de meu amigo com relação ao crescimento da atividade turística em São Raimundo Nonato, principal cidade no entorno de dois excelentes museus (do Homem Americano e da Natureza) e de dois parques nacionais – Serra das Confusões e Serra da Capivara, esse último um patrimônio natural da humanidade, conforme decretado pela Unesco.

Porém, se não existem os dados, há informações soltas a dar suporte àqueles que percebem um aumento da atividade turística. Há mais hotéis, bares e restaurantes e pessoas envolvidas direta ou indiretamente na atividade, seja em São Raimundo, seja em outras cidades piauienses de maior interesse turístico.

Tome-se um dado geral, como o estudo da consultoria britânica Oxford Economics, que estimou em 3,1% o crescimento da contribuição do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB). Em números absolutos, o turismo produziu em 2018 uma receita de US$ 152,5 bilhões – ou 8,1% do PIB.

Se o mesmo percentual for usado em relação ao PIB do Piauí, que está estimado em R$ 53 bilhões neste ano, o turismo produziria uma receita superior a R$ 4,2 bilhões – o que inclui todas as atividades relacionadas ao setor, um rol amplo com milhares de pessoas empregadas.

Os números podem estar muito dimensionados, dado o fato de que nosso turismo receptivo ainda estar aquém da sua grande capacidade de absorção de demanda, mas é bastante razoável que se olhe para esse segmento econômico como mais que promissor e sim com atividade que se expande e se consolida.

O que se observa no Litoral do Piauí dá razão a essa assertiva. Cada vez mais há pessoas interessadas em investir e fazer parte dessa área de negócios – o que se vai ver em menor ou maior grau em outras cidades piauienses, nas quais um crescente número de pessoas terá trabalho e renda assegurados pelo interesse de outras pessoas em viajar pelo território piauiense.

 Álvaro Fernando da Rocha Mota é advogado. Procurador do Estado. Ex-Presidente da OAB-PI. Mestre em Direito pela UFPE. Presidente do Instituto dos Advogados

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Álvaro Mota

Álvaro Mota

É advogado, procurador do Estado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Álvaro também é presidente do Instituto dos Advogados Piauienses.

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