Nesta quinta (05), a CUT-PI esteve presente participando de uma Plenária que discutiu a Reforma da Previdência, e a Reforma Sindical. O evento foi construído durante reuniões do Fórum Pelos Direitos e Liberdades Democráticas, que é composto por várias entidades do movimento sindical, social, e estudantil. De 09 às 14h h, no auditório do INSS (agência Centro - Teresina).
A plenária contou com momentos de debates importantíssimos, onde enrriqueceram a resistência na luta, destacando como primordial a unidade. Em tempos difíceis, onde a Conjuntura Política e Econômica apresentada pelo desgoverno Bolsonaro, só vem causando estragos na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, com reformas que levam ao retrocesso, só existe um único caminho apontado a seguir: As ruas!
Primeiro veio a reforma trabalhista, que faz parte de um conjunto de maldades de Bolsonaro, com a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, que teve início ainda no governo Temer, a mesma veio para cortar direitos conquistados, e precarizar as relações de trabalho. Em seguida veio a reforma da previdência, aumentando a idade e o tempo de contribuíção para que os trabalhadores possam se aposentar, e agora é a vez da reforma sindical e a administrativa, quando o governo Bolsonaro quer fragilizar e enfraquecer os sindicatos de trabalhadores e os serviços públicos. A reforma administrativa, por exemplo, acaba com a estabilidade, propõe reduzir salários dos servidores públicos, corta os concursos públicos e os reajustes salariais.
Diante desse cenário adverso, a CUT-PI e demais centrais, e entidades sindicais e movimentos populares, que compõem o Fórum Pelos Direitos e Liberdades Democráticas, concentram esforços para esclarecer aos trabalhadores, as trabalhadoras e a sociedade em geral, o risco dessas reformas que se aprovadas, somando as demais, podem causar danos ainda maiores.
Vice Presidenta da CUT-PI - Paulina Almeida, também Presidente do SINTE.
"É muito valoroso esse debate da reforma sindical e da reforma administrativa, que chega num momento oportuno, são pontos que os trabalhadores, tanto nós como dirigentes sindicais, quanto a nossa base, devem estar fundamentados para que de forma coletiva possamos nos unir, nos defendermos, e principalmente fazer o enfrentamento dessas reformas, para que elas não sejam tão rigorosas quanto as demais foram para os trabalhadores, e para o nosso país como um todo. É importante que nós possamos absorver o que nos será apresentado durante esta pelnária para que possamos nos fortalecer ainda mais em defesa dos direitos dos trabalhadores, e das trabalhadoras". Disse.
A Plenária Estadual, contou com palestrantes renomados: Dr. Luís Fernando Silva (Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC, Especialização em Relações Laborais pela Universidade Castilla-La Mancha, Espanha, Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre janeiro de 2003 e janeiro de 2004, Sócio fundador e integrante do Escritório “Silva, Locks Filho, Palanowski & Goulart Advogados Associados”, Início das atividades em setembro de 1997, Pesquisador-colaborador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, desde 2008, Integrante da Comissão Especial de Direito Previdenciário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, E presta assessoria a Fenasps e diversas outras entidades sindicais representativas dos servidores públicos.
Dr.Luis Fernando: "Categoria: é defender os direitos de todos solidariamente, essa é a idéia que se tem, a reforma sindical ainda não foi encaminhada para o congresso nacional, no meu ponto de vista devemos estar preparados para apresentar uma emenda, temos que mobilizar as entidades nacionais para aprimorarem o debate sobre a reforma sindical, nós precisamos buscar mudar o aspecto dos sindicatos que tem o caráter meramente associativo, nessa conjuntura sobretudo no governo federal que nós temos aqui, e no governo estadual, o sindicato poderá perder a carta sindical, de 3 a 10 anos que é o prazo previsto para encerrar, o funcionalismo não vai conseguir negociar, boa parte dos sindicatos poderá perder a unicidade sindical, então precisamos ter uma prerrogativa de qual a entidade vai estar preparada para lutar". Disse.
Charles Alcântara - Presidente da FENAFISCO (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), e a Professora Lucineide Barros (Universidade Estadual no Estado do Piauí - UESPI), fizeram parte da mesa de palestrantes dando as suas valiosas contribuíções, enriquecendo ainda mais o plenário na hora do debate.
"Nós podemos mudar essa história, somos 12 milhões de servidores públicos, fomos chamados de parasitas pelo ministro Paulo Guedes, então a hora é de se manifestar ainda mais, além do que já fazemos, temos que ocupar as ruas do país dando a resposta contra esses desmontes, e lutarmos contra essas políticas desse governo que aí está, ou fazemos isso ou seremos derrotados, não podemos apoiar o fim do estado brasileiro, nós temos um dever muito grande com o conjunto da sociedade, temos que valer a nossa condição de servidores públicos, temos que defender o estado desse crime que está sendo orquestrado". Citou, Charles.
Professora Lucineide Barros - UESPI: "As mulheres padecem de várias questões sociais, e devemos nos preocupar por existir cerca de 40 milhões de mulheres exercerem como atividade única, o trabalho não remunerado, e em muitas vezes esse trabalho anda muito próximo com aquilo que nós já conhecemos, que é cacacterizado como trabalho escravo, as mulheres padecem de vários problemas, várias questões sociais, de trabalho, mais também elas tem muita dificuldade de serem inseridas no mundo trabalho, falta o aparato para que as mulheres possam ser valorizadas". Disse.
O encaminhamento para o fortalecimento da luta para o enfrentamento: É a resistência, e ir paras as ruas.
Dia 18, é Dia de Greve Geral!
Vamos parar o Piauí, Vamos parar o Brasil!
Fonte: Ascom CUT